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Vareta Funda

O blog dos orizicultores do Concelho de Manteigas


terça-feira, junho 26, 2007

THE SONG OF THE LORD or the TALES OF THE SAMOSA
or THE ABRIGED MAHABARATHA DIGEST




'My legs I open and madly I thrust my hips against thy huge and furry bolocks (...)'

The Manduka Upanishad


VIKRAM SING, THE APOSTATE -'Oh!...'
MOLLY, THE SHEEP -'Baaaaahhh'
VIKRAM -'Urgrl...brmmmllll......aaaaaaahhhhh!'
MOLLY-'OOOHHH...my God...fuck deeper...oh...so thick it is...'
VIKRAM -' Yeah...oh....such a nice cunt....yummm...hum....yeaaaaahhhh...'
MOLLY -'Screw deep into my furry snatch...ooohhhh....oh...baby! Fuck, fuck, fuck!...
BRAMAM, THE ULTIMATE REALITY -'Aham...fucky, fucky, huh?'
VIKRAM -'Shove off buster'.
BRAMAN -' I am the Ground of Being, the Absolute Nothingness. I am That. The bindu (navel) of Everything. Revere before my Face, o mere mortals, despicable sheep-fornicators! '
MOLLY -'Will you scram, motherfucker?
VIKRAM -'go suck my dick fella!'
Vikram moons over Braman's face breaking wind loudly.
Molly, the sheep, bursts in a feast of exploding faecal pelets hitting Vickram's back and neck.
Vickram worships Braman's feet while the later muff dives Molly.
Vickram ejaculates in Braman's left ear.

quinta-feira, junho 21, 2007

Vareta em auto-exegese

Ainda há pouco havia uma janela aberta e uma cortina animada pelo vento. (estavas com os calores, filha da puta)

A noite está imóvel mas não silente (mexe-te antes que a gaja arrefeça!): há coisas que se movem (ah bom!); seres vivos vivendo (se metesses os gerúndios no...); há rumores de mundos (mais dias menos dias estás a escrever letras para a Turma do Balão Mágico), electricidade, insectos, combustíveis ardendo (é suposto... já têm o nome com eles e tudo...). Sons que parecem analógicos (e frases que parecem analgésicos... fora de prazo), modulados pelo escuro, pela ausência de cor, pelo peso do ar nocturno (volta Tó Neto que estás perdoado). Padrões de som; repetições num tempo demasiado largo para assim nos parecerem. Haveria uma noção de tempo se o pulsar do sangue não nos fosse tão audível? (a primeira adolescente que verter uma lágrima ao ler isto ganha um beijinho...)

Nesta imobilidade, o mais leve respirar é alto. (se uma ave me dissesse até onde, lá em cima, se houve o som do nosso existir - e se depois me cagasse em cima para eu ver como elas mordem...)

Silêncio, escuro, estar sozinho - estranho como tantos receiam aquilo que entendem por "ausências". Não são. Escuro e luz sao apenas reflexos falhos um do outro. Falhos e, portanto, perfeitos. (que é o que isto não é... apontaste o espelho para a retrete?...)

Há mãos irreprimíveis que formam uma baía aberta onde a soma de todos os reflexos aporta. Em formando essas mãos uma baía, eu tomo a forma do guarda nocturno aí caminhando. À margem. (ah pois estás; à margem e bem à margem! parece que estás a lamber o cu ao Herberto Hélder - melhor: parece que estás lambendo o cu ao senhor. Que te não faltem gerúndios, palhaço...)

(o difícil não é "não cair no ridículo"; é o conseguir sair de lá...)


Palavrinhas bonitinhas - e nunca se passa disso, no que meta palavras



Ainda há pouco havia uma janela aberta e uma cortina animada pelo vento.

A noite está imóvel mas não silente: há coisas que se movem; seres vivos vivendo; há rumores de mundos, electricidade, insectos, combustíveis ardendo. Sons que parecem analógicos, modulados pelo escuro, pela ausência de cor, pelo peso do ar nocturno. Padrões de som; repetições num tempo demasiado largo para assim nos parecerem. Haveria uma noção de tempo se o pulsar do sangue não nos fosse tão audível?

Nesta imobilidade, o mais leve respirar é alto. (se uma ave me dissesse até onde, lá em cima, se houve o som do nosso existir)

Silêncio, escuro, estar sozinho - estranho como tantos receiam aquilo que entendem por "ausências". Não são. Escuro e luz sao apenas reflexos falhos um do outro. Falhos e, portanto, perfeitos.

Há mãos irreprimíveis que formam uma baía aberta onde a soma de todos os reflexos aporta. Em formando essas mãos uma baía, eu tomo a forma do guarda nocturno aí caminhando. À margem.

domingo, junho 17, 2007


A Minha Vida

É Domingo, estou de pijama a beber café em lata. Não estarei de pijama por muito mais: tenho que ir à rua comprar batatas, cebola, salsa e ovos. Vou fazer pastéis de bacalhau – não que ande com desejos irreprimíveis de tão nobre iguaria; apenas fiquei de levar “qualquer coisa portuguesa” para um jantar. Como fiquei de levar, levo – que eu cá sou um gajo de palavra, tipo “eu seja ceguinho!”.

Como em todos os dias, há uma série de decisões a tomar. A mais premente, para já, é se me barbeio ou não. O jantar está longe de ser “de cerimónia” mas há gente que não conheço e interrogo-me se o look José Luís Judas será o melhor cartão de visita. Interrogo-me intimamente, claro – a vossa opinião nada me interessaria a este respeito. Mas hoje resolvi escrever como quem lava os dentes; escrever como uma coisa de nada mas que se tem que fazer.

Às vezes parece-me que é nestes momentos de quase-inexistência que se existe mais inteiramente: enquanto o corpo vai praticando os gestos que já sabe de cor, cuja origem ou necessidade não se questiona apenas porque não se questiona. Raramente serei mais eu do que quando faço a minha cama, por exemplo. E faço-a sempre da mesma maneira: são seis as vezes que percorro o “u” em torno da dita peça de mobília e estimaria em cerca de 30 os gestos de mão necessários para alisar os lençois. Instintivamente, começo sempre pelo mesmo lado – o esquerdo. E porquê este “esforço” diário? Por mim, claro, e “porque nunca se sabe”. Ainda que se saiba. Por mais que não se queira saber.

Antes de sair de casa, de manhã, não tenho idade. Acordo só eu, uma coisa vaga e animal. O acordar, seja sozinho ou ao lado de alguém, é um momento profundamente egoísta. Durante alguns minutos, não há nenhum referencial de humanidade: apenas ordens tão básicas que ficam aquém (ou além…) da linguagem. Que não são precisas palavras para se saber da vontade de mijar…Naqueles primeiros minutos, não há qualquer pertença – apenas uma individualidade enorme, um “eu” do tamanho do mundo. E precisamos disso – ou eu preciso, pelo menos… Preciso desse breve momento deserto em que não há nome nem família nem outra vida que não eu: só assim posso ter o prazer diário de sentir chegar os nomes, os nomes todos, as imagens, as memórias; de voltar a ser o “eu partilhado” com a absoluta certeza de que o sou por opção.

A minha vida é a minha vida porque eu a escolho a cada acordar. Escolho uma vida “federal”, como quase todos: uma vida em que eu aceito o papel dos outros e o meu papel na vida dos outros. A noção de que isto é uma escolha, de que o faço porque quero, é-me da maior importância. Só depois de decidida esta premissa básica é que me posso dedicar a pensar se meto a gilette à cara ou não…

quarta-feira, junho 06, 2007

ZERO

Já explico quando tiver tempo.

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