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Vareta Funda

O blog dos orizicultores do Concelho de Manteigas


quinta-feira, junho 21, 2007

Palavrinhas bonitinhas - e nunca se passa disso, no que meta palavras



Ainda há pouco havia uma janela aberta e uma cortina animada pelo vento.

A noite está imóvel mas não silente: há coisas que se movem; seres vivos vivendo; há rumores de mundos, electricidade, insectos, combustíveis ardendo. Sons que parecem analógicos, modulados pelo escuro, pela ausência de cor, pelo peso do ar nocturno. Padrões de som; repetições num tempo demasiado largo para assim nos parecerem. Haveria uma noção de tempo se o pulsar do sangue não nos fosse tão audível?

Nesta imobilidade, o mais leve respirar é alto. (se uma ave me dissesse até onde, lá em cima, se houve o som do nosso existir)

Silêncio, escuro, estar sozinho - estranho como tantos receiam aquilo que entendem por "ausências". Não são. Escuro e luz sao apenas reflexos falhos um do outro. Falhos e, portanto, perfeitos.

Há mãos irreprimíveis que formam uma baía aberta onde a soma de todos os reflexos aporta. Em formando essas mãos uma baía, eu tomo a forma do guarda nocturno aí caminhando. À margem.

Arrotos do Porco:

Senhor da Vareta Funda, que é que se passa consigo?! É poeta, agora?!

Se se sente aí demasiado nostálgico, venha para aqui! Aqui está-se bem!

Um abraço para si, Senhor da Vareta Funda

:)



Foda-se, parecia que estava a ler o Lobo Antunes, pá, ca-ra-lho...




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