<$BlogRSDUrl$>

Vareta Funda

O blog dos orizicultores do Concelho de Manteigas


sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Jazzinside

A minha cidade ficou melhor.

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

GHOST RIDER

Suicide, (Alan Vega, 1977)


quarta-feira, fevereiro 27, 2008

E HOJE DISTO:

Mekons, "Ghosts of American Astronauts" (1988).


terça-feira, fevereiro 26, 2008

HOJE, LEMBREI-ME DISTO:




Durutti Column (Vini Reilly, 1981: sketch for dawn, album: LC, Factory Records)


segunda-feira, fevereiro 18, 2008


Ex.mo Senhor
Américo Lopes Precatado,

Avô,

“Merquito”,

Parabéns!, mariola! Lá chegaste aos 100 anos! Não importa que sejam 96 de vida e 4 de memórias – são 100 anos, avô. Tu gostavas de números redondos, de datas especiais – e de pessoas e de existir... e de um copo de vinho.

Eu, por cá, e eles, por lá, estamos todos bem. Ninguém mudou drasticamente, nem sequer os teus bisnetos que continuam a crescer e a ser – só isso; já lhes chega bem. Eu também. Quer dizer: não cresço, mas sou. Sou aquilo que tu vias. Nunca te enganei – nem a ti nem a ninguém. Sou isto; assim. Uma parte disto é tua – pequena, certamente, mas tua, seja por força de sangue ou de decalque.

Tenho saudades de te ouvir rir; tenho saudades daquela linguagem absolutamente normal apesar de eu saltar de cinco em cinco minutos entre o “tu” e o “você”; tenho saudades daquela espécie de crença incondicional: se eu dizia que estava bem, se os outros achavam que eu estava bem, então eu estava bem – apesar de nunca teres entendido os detalhes do que eu andava a fazer.

Hoje o dia aqui está bonito, avô; soalheiro e primaveril, um dia como tu gostavas. Não está “moderno”, este – como chamavas aos dias cinzentos. Tenho a memória dos teus pés a aquecer ao sol; tenho a memória de te beijar a testa e só as palavras mudam, hoje: Parabéns!, “Merquito”! 100 anos! Valente!...

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Aforismos em dia de sol
"O verdadeiro punheteiro olha para as mãos como esposa e para a mulher como amante"


quarta-feira, fevereiro 13, 2008



Libertango, Astor Piazzolla (1921-1992): A. Piazzolla, bandoneón e direcção, Yo-Yo Ma,violoncelo. Não sei a data da gravação.

segunda-feira, fevereiro 11, 2008



Mauritio Cazzati (1616 -1678), Ciaccona; L´Arpegiatta, dir. Cristina Pluhar (2007).

sexta-feira, fevereiro 08, 2008


Sexta-feira

A sexta-feira de Tóquio está indecisa; começou de sol mas agora não sabe o que há-de vestir. Há umas nuvens claras, tipo açúcar-glacée, e há uma luz forte por trás delas, como se o sol estivesse impaciente para romper de novo. Mas não rompe – e as horas passam-se nesta negociação, e o frio toma conta das ruas e as pessoas caminham encolhidas e com mãos nos bolsos. Uma sexta-feira assim precisa de qualquer coisa grande e épica – Scott Walker, claro; “O Pai”; essa esquina incontornável da história da música dos nossos dias à qual se juntam, em reverência, outros nomes grandes.
“Boy child” é das canções mais bonitas que já ouvi – e será das canções que já ouvi mais vezes, calculo. É-me difícil ouvi-la uma vez sem cair na tentação de carregar no “repeat” – como tenho pouco de estóico, carrego: e ouço-a vezes e vezes até que deixo de ouvir ou alguém me dá um estalo para me tirar do torpor... Há outras pessoas que se deixaram fascinar por ela – tomo sempre isso como um bom indicador de carácter. Qualquer coisa grande e épica, vertida para a língua de Luiz Pacheco e Fernanda Botelho por este vosso humilde assalariado urbano.


Boy child

You'll lose your way
Dás com os cornos no chão

A boy child rides upon your back
E ficas outra vez apoucado como um miúdo

Take him away
Leva-o; leva-te

Through mirrors dark and blessed with cracks
Por reflexos baços e feridas mal saradas

Through forgotten courtyards
Por arcadas, pátios e becos

Where you used to search for youth
Onde dantes procuravas o futuro

Old gets a new life
Velho remoçado; velho gaiteiro

Reach out you can touch it's true
Tocando incrédulo a erecção sem Viagra

He's not a shadow of shadows
Que mesmo debaixo da luz não projecta sombra

Like you, you see
Ciumento do que foste

Hearts hold on holding
Tens um sopro e uma artéria entupida

If you stay one, you'll stay free
Mas gostas de te armar em campeão

Go seek the lady
Vais ter com a Maria Pinheira

Who will give, not take away
Três pratos por bom preço

Naked with stillness
Despe-la mas deixas as meias de descanso

On the edge of dawn she stays
Não lhe vá rebentar uma veia varicosa

Night starts to empty
A noite de repente vazia

That's when her song begins
Ela canta um fadinho

She'll make you happy
Uma estranha alegria que te é estranha

She'll take you deep within her
Há uma tensão filial – ou será a úlcera...

Window lights for wanderers
Há um excesso de faróis que te perde na rua

Hide hard in your swollen eyes
Há um glaucoma na vista esquerda

Echoes of laughter
Há ruínas de um riso sifilítico

Hide in the city’s thighs
Num bairro que é a cona da cidade

Love catch these fragments
Há escolhos a boiar em mijo cediço

Swirling through the winds of night
Brisas menstruais e pútridas

What can it cost
A vontade que o que há

To give a boy child back his sight
Não seja avistado que pelo foi

Extensions through dimensions
Vês que o tempo é plano

Leave you feeling cold and lame
Carregas todos os teus dias em ti

Boy child mustn't tremble
Apoucado como um miúdo que reconheces

'cos he came without a name
Sem que lhe adivinhes o nome


sexta-feira, fevereiro 01, 2008

私は、演算子をして私のポケット電卓 - II



Kraftwerk, 2006


I´M THE OPERATOR WITH(Z) MY POCKET CALCULATOR - I



Kraftwerk, 1984.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?