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Vareta Funda

O blog dos orizicultores do Concelho de Manteigas


segunda-feira, dezembro 10, 2007




O PEPINO

Anatol olhou Sergei nos olhos. Sergei ficou vagamente embaraçado e desviou o olhar para a imensidão da taiga. Atrás deles, o nevão da noite anterior abafava os cascos dos cavalos que, na linha do horizonte, puxavam um trenó. Apenas se ouviu o estalar do chicote nas mãos do cocheiro e que se confundiu com o distante grasnar de uma gralha sob o céu branco. Atrás deles, saía o fumo branco e lento da chaminé da ‘dacha’. O cheiro da lenha de bétula permeou o ar por um momento. Mikahil, o mujique ao serviço da casa, assomou a porta e estacou em silêncio. Anatol segurava com força a carta ainda lacrada. O seus olhos tristes perdiam-se alheios por sobre paisagem de Tunguska. Sergei suspirou e aconchegou o capuz de pele sobra a boca. ‘Julgas que Scriabine virá ainda esta noite? O telegrafista assegurou-me estarem as linhas cortadas pelo menos até Novgorod. Tem ainda de atravessar Inkgurusk , desde Aldan até Iakutsk. São pelo menos duas semanas.’- disse Sergei. Anatol entretanto borrava-se pelas pernas abaixo, formando uma pequena poça de merda rala sobre a neve, junto ás polainas de pele. E tremia. ‘Céus! Tu tens cólera! A mais temível das doenças endémicas da Sibéria!’ –exclamou. ‘Sim…contraí este terrível mal ontem. Quer dizer, foi à bocado. Mesmo agora, se calhar’ ‘Deliras, Anatol! Vou já levar-te para dentro …’ Anatol, entretanto, retirou um dos seus testículos pela braguilha, expondo-o á intempérie. A análise bacteriológica dos excrementos de Anatol, revelou, uma semana depois, no laboratório médico que Sergei tinha em casa, que se tratava, não de cólera, mas de ptiríase rósea de Gibbert. Ou sindrome de Down, não sabia bem. Era qualquer coisa, por certo. Podem ser cromossomas. Sim. Talvez tenha contraído cromossomas, pois todas as células analisadas os continham. ‘São terríveis bichos. Que praga!’. – Pensou Sergei. ‘Com um chazinho de limão, ficas melhor, Anatol’. ‘Mas eu estava a gostar, por isso, o fiz. Era quentinho…’ Sergei dirigiu-se ao samovar e encheu uma chávena. ‘Toma’. ‘Obrigado’. ‘De nada’ ‘És muito simpático’’Tu também’ ‘E tu ainda por cima és bonito. E bondoso’.’Os teus glúteos excitam-me, Anatol’- disse Sergei. ‘Devo confessar-te que sofro de homossexualismo, por causa do consumo excessivo de bacalhau. Ouvi dizer. Parece…’ Anatol raspou os tomates com um caco de faiança chinesa e soçobrou nos braços de Sergei. Nisto já estava a abocanhar-lhe o membro viril, massacrando a sua epiglote com brutalidade. Sergei zurzia o recto do amigo com um grosso tronco de bétula, enquanto chupava o samovar. Estupefacto, Mikahil olhava os dois médicos e foi dizer a toda a gente da aldeia, que eram o rapaz dos cavalos, o telegrafista e um cossaco que já estava morto há uns dois dias. ‘Amo-te, Anatol’- Este teria respondido senão se estivesse a engasgar com os copiosos borbotões de esperma que deglutia ‘arrgh...grublll…’ – retorquiu Anatol.’ Mas, espera.

Não.

Arrotos do Porco:

Assento, espero que te ofereçam uma prenda fixe no Natal, tipo, a fotobiografia do Amadeo de Sousa Cardozo...E que passes o Natal muito quentinho, feliz e bem alimentado.
Tu mereces! :)



Pareces o Leon Uris, carai...

Olá comadre VD, por onde é que vossemecê anda???

Estou a ver se em Abril junto a vara (ou o máximo dela, claro) em Coimbra.

Assenta aí na tua agenda, quem sabe podes ir...





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