sexta-feira, setembro 28, 2007 |
Seria do quê, Francesca? Se calhar metias coca nessas narinas como uma maluca, para dar realismo ao espírito “anos 20”. E eras tu que me encantavas ou a Tuppence? Havia qualquer coisa nos teus olhos e havia a tua frivolidade inteligente e eu era um puto como os outros putos e tu eras bonita – tu, Francesca/Tuppence, tu parecias mais bonita que as mulheres que eu via à minha volta. Terá sido culpa tua, minha valente cabra, o eu ter idealizado tantas vezes essa graça e essa segurança que tu emanavas? E era tudo tão simples: havia um puto, uma família, uma sala de estar e uma mulher bonita na televisão. Eu tinha quê... oito anos? Não ia estar aqui a mentir, Francesca: não, não me davas tesão; como nada me “dava” tesão na altura. Eras bonita. Tinhas graça. E eu era um puto. Não quiseste saber de mim, não foi? Apanhaste o Ralph Fiennes e foi um vê se te avias! E agora?! E agora eu vejo o que eras há mais de 20 anos e o que eu era há mais de 20 anos. Tu continuas a parecer bonita e eu continuo a parecer um puto (por dentro; que por fora...). Assim como assim: obrigado, Francesca. Podia ter sido outra galdéria qualquer... ou a Helena Isabel.
Arrotos do Porco: