quinta-feira, março 01, 2007 |
Já tinha mudado o cabelo sete vezes. Solto, apanhado, para um lado, para o outro, apanhado outra vez, solto mais livre, solto mais liso... Continuava em roupa interior ao frente ao espelho porque ainda não decidira o que vestir. E gostava de se ver assim, com a roupa interior preta como zonas de sombra na pele branca.
“Eu hoje vou vê-lo” – e a ideia assomava-lhe ao rosto como uma luz que se desfazia num sorriso infantil, os cantos da boca muito repuxados, as mãos suspensas num gesto qualquer que perdera importância. O seu reflexo no espelho despertava-a, então: melhor, o medo do ridículo que lhe inspirava o seu reflexo no espelho despertava-a. “Ele não gosta de ti da mesma maneira. Escusas de te pôr com ideias parvas.” e era como se a auto-repreensão lhe desse uma desusada energia nos pulsos, escovando o cabelo vigorosamente. “Vai liso. Assim como assim, ninguém lhe mexe.” Os olhos escuros tingiam-se-lhe de receio e o espelho ficava um lugar inóspito. Saiu para o quarto, abriu o armário, passou os olhos pela roupa e voltou tudo outra vez: “Vou vê-lo”.
Escolheu a blusa verde, as calças pretas, os sapatos rasos, a carteira grande de sempre. Pôs pouco perfume. “Não quero que ele pense que me estou a oferecer” Um colar preto e mais nada, nem brincos nem anéis. “Um anel até podia dar jeito... Sempre tinha onde mexer, quando me derem os nervos...” Mas não o pôs. Voltou ao espelho e confirmou que sim, que era ela. O que ali estava era ela e, mais coisa menos coisa, seria aquilo que ele veria. “Ele nunca vai gostar de ti, pois não?” Os cantos da boca desceram-lhe e deram-lhe ao rosto a idade que tinha. De novo para o quarto, correu as cortinas e viu que estava sol. À porta de casa pegou nas chaves, saiu, trancou a fechadura e pensou: “Vou vê-lo”.
Abriu a porta e não lhe apeteceu acender a luz. Dentro de casa era também de noite, como lá fora, e ela não sabia onde lhe apetecia estar. Ou até sabia mas sentia que de pouco lhe servia o conhecimento.
“Tenho medo. Tenho medo de quê. Tenho medo de tudo. Se calhar o que ele me disse... Quando me pôs a mão no ombro...” Com a mão encostada à parede do corredor, caminho no escuro até ao quarto. Deixou cair a carteira no chão, tirou os sapatos e deitou-se na cama. “Porque é que eu não lhe digo? Porque é que ele não me diz? E dizer o quê? O que é que eu quero? Tenho vontade de lhe tocar. Tenho medo. Quero-o. Se fizéssemos amor ficava com nojo dele e de mim. Ou só de mim. Ficava com nojo do gesto. Fico sempre. Tenho medo. Queria puxá-lo para mim e ter os braços dele à minha volta. Dar-lhe beijos. Beijos, beijos, beijos, beijos... Ele não quer. Ele não deve querer. Eu não lhe digo. Eu não lhe toco. Quando toco tenho medo. Cheiro a medo. Eu quero vê-lo.”
Levantou-se e voltou ao espelho, desabotoando a blusa no preciso momento em que o marido metia a chave à porta.
“Eu hoje vou vê-lo” – e a ideia assomava-lhe ao rosto como uma luz que se desfazia num sorriso infantil, os cantos da boca muito repuxados, as mãos suspensas num gesto qualquer que perdera importância. O seu reflexo no espelho despertava-a, então: melhor, o medo do ridículo que lhe inspirava o seu reflexo no espelho despertava-a. “Ele não gosta de ti da mesma maneira. Escusas de te pôr com ideias parvas.” e era como se a auto-repreensão lhe desse uma desusada energia nos pulsos, escovando o cabelo vigorosamente. “Vai liso. Assim como assim, ninguém lhe mexe.” Os olhos escuros tingiam-se-lhe de receio e o espelho ficava um lugar inóspito. Saiu para o quarto, abriu o armário, passou os olhos pela roupa e voltou tudo outra vez: “Vou vê-lo”.
Escolheu a blusa verde, as calças pretas, os sapatos rasos, a carteira grande de sempre. Pôs pouco perfume. “Não quero que ele pense que me estou a oferecer” Um colar preto e mais nada, nem brincos nem anéis. “Um anel até podia dar jeito... Sempre tinha onde mexer, quando me derem os nervos...” Mas não o pôs. Voltou ao espelho e confirmou que sim, que era ela. O que ali estava era ela e, mais coisa menos coisa, seria aquilo que ele veria. “Ele nunca vai gostar de ti, pois não?” Os cantos da boca desceram-lhe e deram-lhe ao rosto a idade que tinha. De novo para o quarto, correu as cortinas e viu que estava sol. À porta de casa pegou nas chaves, saiu, trancou a fechadura e pensou: “Vou vê-lo”.
Abriu a porta e não lhe apeteceu acender a luz. Dentro de casa era também de noite, como lá fora, e ela não sabia onde lhe apetecia estar. Ou até sabia mas sentia que de pouco lhe servia o conhecimento.
“Tenho medo. Tenho medo de quê. Tenho medo de tudo. Se calhar o que ele me disse... Quando me pôs a mão no ombro...” Com a mão encostada à parede do corredor, caminho no escuro até ao quarto. Deixou cair a carteira no chão, tirou os sapatos e deitou-se na cama. “Porque é que eu não lhe digo? Porque é que ele não me diz? E dizer o quê? O que é que eu quero? Tenho vontade de lhe tocar. Tenho medo. Quero-o. Se fizéssemos amor ficava com nojo dele e de mim. Ou só de mim. Ficava com nojo do gesto. Fico sempre. Tenho medo. Queria puxá-lo para mim e ter os braços dele à minha volta. Dar-lhe beijos. Beijos, beijos, beijos, beijos... Ele não quer. Ele não deve querer. Eu não lhe digo. Eu não lhe toco. Quando toco tenho medo. Cheiro a medo. Eu quero vê-lo.”
Levantou-se e voltou ao espelho, desabotoando a blusa no preciso momento em que o marido metia a chave à porta.
Arrotos do Porco:
esta ene esta desgraçada hoje acho que e um boicot por pura inveja este blog triunfa ,tem poder de convocatoria e isso e um arma perigrosa por cima o bock poniendo letras subversivas veremos a ver ... |
Subversivas, eu? Estava só a pastar umas cenas em charolês, a ver se o clonito entendia e explicava à malta o queque isto significa... Zu Atrapatu Arte Gazte bat drogaz hiltzen da Atrakoak, hilketa terrorista bat Denak, denak, paperetan daude Zu atrapatu arte Zu burgues madarikatua Ez duzu inoiz ezer ulertuko Zuretzat kalean gertazen dena Besteen arazoak dira |
A ene é uma guarra, tortillera, bujarrona, huelem-lhe mal os pés e tem furúnculos nos entrefolhos. Não a trates bem, que ela gosta. |
Mandei um e-mail para três de vocês aqui da vara. JÁ SEI QUEM FORAM OS CABRÕES QUE ME ANDARAM A CLONAR. Tudo começou com as dívidas do vareta. Os gajos a quem ele devia (e ainda deve) dinheiro vingaram-se em mim porque eu tomei conta da vara e eles não apreciaram esse acto do vareta. Nos e-mails vai tudo melhor explicado. |
e supongo que como sigue sin pagar agora se vingam en tudos nosotros rebentando a N e impedindonos de expresarnos es la vida chou toma un besito |
A ene é uma porca, fufa, bichona, cheira mal dos pés e tem furúnculos nos entrefolhos. Era isto que ia fazer de mim (ainda mais) homem, lui? |
obrigada no sabia la traduccio de bujarra hahahaha veus per fer el que vols de un noiet nomes hi ha que dir-li si ets home......... besets |