sexta-feira, setembro 01, 2006 |
Arlindo, o gay homófobo - 10º episódio
"Do espólio de Arlindo Ramos, algumas passagens do seu diário íntimo
14.08.2006
Racionalizas, sublimas e tudo isso para quê? Para não te desiludires contigo?
O que é que é esse amor que tu tentas endeusar? Esse estado de alma é-te imposto ou és tu que o crias, Arlindo? Seja como for, a energia, o tempo, o melhor de ti que dedicas a isso – que lhe dedicas – de que te serve? E de que lhe serve? Qual é o sentido de um “amor individual”? É um sentido único, não é?
Deita as contas a tudo o que já deixaste de fazer por estares tão dedicado a amá-lo. Deita as contas ao que deixaste de dar aos outros que também gostam de ti, que também te merecem. Ou não deites contas nenhumas: uma das parcelas é sempre zero porque nunca recebeste nada da mesma natureza daquilo que deste. Ele até pode ter sido correcto, ele até podia ter sido teu amigo, até podia ter sido o teu melhor amigo… - sempre o mesmo zero, no fim de contas. Não é isso que tu dás. Ou é? O que é que tu lhe dás, Arlindo? O que é que tu lhe podes dar? O que é que ele pode aceitar? O que é que tu lhe queres dar e o que é que queres dele?
Esta semântica masturbatória do amor nobre e maior é o quê? É o que sentes ou o que querias sentir? Ou o que ainda esperas um dia que ele sinta que tu sentes?
Deixa-te de merdas, Arlindo. O nome Ruben fala-te à alma ou ao corpo? Fugias aos braços dele se ele os abrisse? Escapavas aos lábios dele para não macular o que quer que fosse? Viravas a cara ao seu peito para não lhe sentir a pele e o calor? Repelias as mãos dele, se te quisessem tocar? Não te enganas conscientemente, chamando amor à impossibilidade?
Reconhece; confessa: queres uma noite com ele, uma noite com o corpo dele, com aqueles braços que parecem percorridos por uma só veia, saliente e sinuosa, com a estrutura magra e onde ele cabe tão bem, tão pleno, com os lábios em que prendes os olhos sempre que ele fala… O que tu queres, Arlindo, é ter o prazer de dar prazer àquele corpo, àquele corpo que o traz, que o carrega, que o alberga, onde ele vive. Certo: não quererás ter sexo com ele mas queres fazer amor com ele – ainda assim, neste momento, esta diferença verbal só importa para ti. Para ele, vale a mesma coisa…
És um paneleiro de merda."
"Do espólio de Arlindo Ramos, algumas passagens do seu diário íntimo
14.08.2006
Racionalizas, sublimas e tudo isso para quê? Para não te desiludires contigo?
O que é que é esse amor que tu tentas endeusar? Esse estado de alma é-te imposto ou és tu que o crias, Arlindo? Seja como for, a energia, o tempo, o melhor de ti que dedicas a isso – que lhe dedicas – de que te serve? E de que lhe serve? Qual é o sentido de um “amor individual”? É um sentido único, não é?
Deita as contas a tudo o que já deixaste de fazer por estares tão dedicado a amá-lo. Deita as contas ao que deixaste de dar aos outros que também gostam de ti, que também te merecem. Ou não deites contas nenhumas: uma das parcelas é sempre zero porque nunca recebeste nada da mesma natureza daquilo que deste. Ele até pode ter sido correcto, ele até podia ter sido teu amigo, até podia ter sido o teu melhor amigo… - sempre o mesmo zero, no fim de contas. Não é isso que tu dás. Ou é? O que é que tu lhe dás, Arlindo? O que é que tu lhe podes dar? O que é que ele pode aceitar? O que é que tu lhe queres dar e o que é que queres dele?
Esta semântica masturbatória do amor nobre e maior é o quê? É o que sentes ou o que querias sentir? Ou o que ainda esperas um dia que ele sinta que tu sentes?
Deixa-te de merdas, Arlindo. O nome Ruben fala-te à alma ou ao corpo? Fugias aos braços dele se ele os abrisse? Escapavas aos lábios dele para não macular o que quer que fosse? Viravas a cara ao seu peito para não lhe sentir a pele e o calor? Repelias as mãos dele, se te quisessem tocar? Não te enganas conscientemente, chamando amor à impossibilidade?
Reconhece; confessa: queres uma noite com ele, uma noite com o corpo dele, com aqueles braços que parecem percorridos por uma só veia, saliente e sinuosa, com a estrutura magra e onde ele cabe tão bem, tão pleno, com os lábios em que prendes os olhos sempre que ele fala… O que tu queres, Arlindo, é ter o prazer de dar prazer àquele corpo, àquele corpo que o traz, que o carrega, que o alberga, onde ele vive. Certo: não quererás ter sexo com ele mas queres fazer amor com ele – ainda assim, neste momento, esta diferença verbal só importa para ti. Para ele, vale a mesma coisa…
És um paneleiro de merda."
Arrotos do Porco:
Obrigada, Ouricito, pela informação sobre o g2. Não consigo comunicar com a enecoisa. Queria cumprimentar a Luí e dizer-lhe que tive pena de não a ter conhecido mas fica para a próxima. E deixar-vos uns beijinhos e saudades. |
não sou paneleira (acho eu) e cada frase tua podia ter sido escrita pela minha consciência, meu querido um grande beijo, de corpo e alma ;)* |
Uma noite na Cidade Universitária, de Pepe Romero, ou da Ilustre Nomenklatura Portuguesa In memoriam "O Independente" Pois tinha ontem um amigo meu que queria ir "fazer" um homem à Cidade Universitária, eu disse-lhe que homens na Cidade Universitária era como procurar cascatas no Sahara, mas já sei que o tarado sou sempre eu, lá fomos, lá acabámos. Sombras, poeira e silvas: em cada recanto, uma bicha anoréctica, ou, pior do que isso, as outras, umas "quantas", a tentarem confundir as mazelas do... "bichinho" com as folhagens dos plátanos. Nunca as traseiras -- salvo seja!... -- da Biblioteca Nacional tiveram tantos leitores, nem quando a sala grande de consultas do espólio -- que dava directamente para o W.C. -- tinha lá o Oliveira Marques e o Joãozinho, em permanência, a desfolharem genealogias e prepúcios. Ninguém está ali, porque aquilo é um lugar de engate, e é feio engatar. Aliás, é feio ter sexo, seja qual for o sexo: se passarmos a Bíblia, de trás para a frente e da frente para trás, não há página onde se não anatemize o adultério, o "felatio", a sodomia, a fornicação e o contacto com animais. Em contrapartida, não há lugar nenhum do "Pentateuco" ou de "Isaías" onde se condene o branqueamento de capitais, a Coca, o Exctasy ou o LSD, logo, o único pecado é foder. Ninguém está ali: todos eles são puros perfis do "Gaydar", eternizados em "bytes", que, por acaso, saíram de dentro dos seus servidores de 30 Tera, e foram simplesmente apanhar um pouco de fresco. Os perpétuos ares de enjoadas do Chiado-acima-Chiado-abaixo, as Estrelas, as Angélicas, as Esfíngicas, as Estáticas, os S.M., as Bichonas in Excelsis, algumas "manas-gordas", os "Bears", as recicladas do ginásio -- que andam constantemente a tentar converter os seus 50 anos nuns 25 alargados... -- os desgraçados dos casados e pais de 3 filhos, que vão ali mesmo para se "despacharem", mas também são obrigados a perder horas naquele roda-que-roda, finge-que-finge, vira-que-não-vira a cara, e vão para casa, para uma miserável punheta... e, de quando em vez, mas só muito de quando em vez, aquele inimitável "frisson", como nas fêmeas dos mamíferos, de que, subitamente, "algumas" ficaram... "receptivas", e toca de caminhar para um recanto mais escuro, nas folhagens, onde há uns tocar de pipi genéricos, uns "ais" e "uis" muito falsos, e a vontade de fugir logo dali. A palavra de ordem é: "Não foder, e tentar foder as fodas aos outros!..." Odeio aquelas paneleiras todas, porque, de facto, não fodem nem saem de cima; as silvas arranham-me as pernas, e elas, a sensibilidade. Tudo isto defronte do I.S.C.T.E. -- a cujos quadros, querida Diana, pertencem o Pedroso, o Ferro, o Pacheco, a Gaja da Educação, etc., -- acho que o Vale de Almeida também, mas esse é mais do sector da vaidade inata, fode com as câmaras de televisão -- e defronte das ruínas daquilo que foi a Secundária da Cidade Universitária, um dos maiores antros de malandragem e paneleiragem que deus ao mundo deitou. A Escola do Tonico, cuja mãe recebia em casa a Isabel Câncio, que por sua vez, lá recebia os homens que "fazia", e depois passava às suas amigas "bichas". Aquela Secretaria era conhecida como a Sala dos Prodígios: faziam-se lá, por milímetro quadrado -- isto contava-me já o outro, naqueles entrementes da náusea, em que finalmente, com o avanço da noite, começava a descobrir, como eu já lhe tinha dito, que ali não havia homens para engatar, mas um enorme salão de chá e arena de terapia deambulatória para falsos, autistas, esquizofrénicos, paranóicos e oligofrénicos 3G... -- e contava-me o outro que, em finais de 70, e mesmo já entrando pelos 80, ali se vendiam e compravam Cursos, coisas sérias, com canudo e tudo, lançamento em Pauta e Livros de Termos. Na altura, custava... 20 contos. Todos os cursos incluídos, mesmo Medicina. E começaram a chover os nomes, como a coisa era perigoa, até ameaças de morte metia, e eu, que ainda sou pior do que o Guterres para contas, a fazer, a fazer, a fazer contas... de cabeça..., deixa cá ver..., finais de 70..., aquilo caía tudo por cima de uma geração entre os 40 e os 60, médicos, engenheiros -- que idade tem mesmo o Sócrates?... -- advogados, políticos..., ou era eu que me estava a enganar nas contas, ou era uma fatia inteira do Regime que estava ali entalada. Quem, Vasco Pulido...?... Quem?... Obviamente, telefonei logo a uma amiga minha, que me confirmou muitas coisas... as Torres de Lisboa... o Instituto de Urologia, onde gajos, com ar de marceneiro, mas pose muito séria, faziam e repetiam, quando aquilo não dava certo, operações à bexiga, tudo caríssima, para poder parecer sério -- estamos em Portugal -- o dia em que aquilo fedeu de tal maneira que tiveram de mudar, os mesmos, o nome para Inglês -- "English-não-sei-quê -- e voltou tudo a ser sério... Nesta altura da narrativa, comecei a sentir uma coisa a subir por mim acima, aquela horrível sensação de contracção das amígdalas: era o vómito, o Vómito, por antonomásia, e tive de me virar subitamente para uma moita, e lá descarreguei o "Filet Mignon" mais o Dão Meia-Encosta todos, na cara de uma bicha que estava a fingir que não estava a fazer um broche a um velho, e, peço-vos imensa desculpa, mas só de voltar a pôr isto aqui... sim... em palavras... ai, esta coisa voltou a subir por mim acima!... "shit"!... as amígdalas!... ai, jesus, desculpem-me!... Volto já... |
Nem tu, nem eu! ganda gê-gê!!!!! A Tation está caquética! ...dessa noite não me esqueço mais só que disso não podemos falar foi na cada da Dona Rosete o tira e mete é de chorar por mais o mete e tira e outras coisas que tais o mete e tira e outras coisas que tais EU FUI À ROSETE EU FUI À ROSETE EU FUI À ROSETE |