sexta-feira, junho 30, 2006 |
Arlindo, o gay homófobo - 6º episódio
“Do espólio de Arlindo Ramos”, algumas passagens do seu diário íntimo
01.07.2006
Tudo ele, nele e para ele. Qualquer pequeno gesto meu, por mais básico, corrente e quotidiano. Qualquer palavra. Qualquer som. Qualquer harmonia. Qualquer passo. E as horas todas. E o monismo no pensamento. Tudo ele, nele e para ele.
C A B R Ã O cabrãozarrão porcosujocornochibonegrodemóniocão C Ã O ! ! !
DESGRAÇADO. Desgraçaste-me. Tudo teu, em ti e para ti. Fizeste de mim um satélite de merda. DE MERDA! EU SOU UMA MERDA! E, ainda assim, teu. E capaz de uma beleza tão grande no sentir. Capaz da pureza mais negra e malévola... se me amasses de volta, como é que era?
ERA UMA MERDA PEJADA DE IMPOSSIBILIDADES!!
Se me amasses de volta, hum?
Morria matava-me -te ... era a desgraça quase perfeita. PORCO!, com a vidinha de postal... o que é que eu te posso dar?
tudo o que sou e o que tenho, que bem te pode trazer?
02.07.2006
Alguém devia fazer uma tese sobre a apostasia do olho do cu. Brel. Withman. Rimbaud. Al Berto. Almond. Variações. Peste. Wilde. White. Cesariny. Leavitt. Tantos, com uma coisa em comum: a vontade do perdão, da remissão. Todos eles com a chaga, com o ferrete, com a marca do anti-Cristo. Todos eles condenados a um amor que não traz o bem a ninguém, nem a quem ama nem a quem é amado. O amor negro, que consome e se consome, que dói e é sujo, purulento, infecto, insano, exangue, infértil... do qual se procura o perdão em manifestações de uma beleza grande, intensa... nalguns casos... que nem todos os rabetas são talentosos... alguns são só rabetas... doentes, tinhosos, porcos...
Eu ainda quero pensar que sei o que é o bem e o que é o mal. A tentação da carne pode ser remida pela penitência. A entrega do espírito ao negrume do amor doentio traz a condenação eterna. Se for à confissão e disser “ontem levei no cu; perdão”, serei absolvido. Se for à confissão e disser: “eu amo-o e não concebo deixar de o amar”, estou excomungado. Fabrizio Luppo. MAS EU NÃO QUERO SUJAR A CARNE NEM O ESPÍRITO.
DEIXEM-ME!!!!
03.07.2006
Cona. Eu vou gostar de cona. Senaita. Rata. Grelo. Racha. Pássara. CONA!!!
EU
GOSTO
DE
CONA
EU
GOSTO
DE
CONA
EU
GOSTO
DE
CONA
Eu vou olhar para a cona e não me vou intimidar.
Eu vou olhar para a cona e vou-lhe encontrar beleza concreta e não lírica.
Eu vou enterrar o meu caralho numa cona e vou gostar.
Eu vou foder uma gaja e vou gostar.
Eu gosto de cona.
Ele não tem cona. Eu não tenho cona. Ele gosta de cona. Eu gosto de cona. Eu gosto dele. Eu tenho que gostar mais de cona do que dele. Não tenho problemas com gajas. Não tenho problemas com cona. Cona. Cona. Cona. Repete a palavra até te soar bonita. C O N A. Com um “o” redondo e aberto. Um “o” quente em que te sentes bem, em que desejas estar. Não deixes que a cabeça se te encha de imagens dos braços dele. CONA. Tu queres cona. EU. EU quero cona. Ele. NÃO!!!!
não
na cona não há infelicidade futura
e a magia do presente?
e ele
o que é o bem dele? que passos, que passos posso eu dar para o bem delCONA!!!
“Do espólio de Arlindo Ramos”, algumas passagens do seu diário íntimo
01.07.2006
Tudo ele, nele e para ele. Qualquer pequeno gesto meu, por mais básico, corrente e quotidiano. Qualquer palavra. Qualquer som. Qualquer harmonia. Qualquer passo. E as horas todas. E o monismo no pensamento. Tudo ele, nele e para ele.
C A B R Ã O cabrãozarrão porcosujocornochibonegrodemóniocão C Ã O ! ! !
DESGRAÇADO. Desgraçaste-me. Tudo teu, em ti e para ti. Fizeste de mim um satélite de merda. DE MERDA! EU SOU UMA MERDA! E, ainda assim, teu. E capaz de uma beleza tão grande no sentir. Capaz da pureza mais negra e malévola... se me amasses de volta, como é que era?
ERA UMA MERDA PEJADA DE IMPOSSIBILIDADES!!
Se me amasses de volta, hum?
Morria matava-me -te ... era a desgraça quase perfeita. PORCO!, com a vidinha de postal... o que é que eu te posso dar?
tudo o que sou e o que tenho, que bem te pode trazer?
02.07.2006
Alguém devia fazer uma tese sobre a apostasia do olho do cu. Brel. Withman. Rimbaud. Al Berto. Almond. Variações. Peste. Wilde. White. Cesariny. Leavitt. Tantos, com uma coisa em comum: a vontade do perdão, da remissão. Todos eles com a chaga, com o ferrete, com a marca do anti-Cristo. Todos eles condenados a um amor que não traz o bem a ninguém, nem a quem ama nem a quem é amado. O amor negro, que consome e se consome, que dói e é sujo, purulento, infecto, insano, exangue, infértil... do qual se procura o perdão em manifestações de uma beleza grande, intensa... nalguns casos... que nem todos os rabetas são talentosos... alguns são só rabetas... doentes, tinhosos, porcos...
Eu ainda quero pensar que sei o que é o bem e o que é o mal. A tentação da carne pode ser remida pela penitência. A entrega do espírito ao negrume do amor doentio traz a condenação eterna. Se for à confissão e disser “ontem levei no cu; perdão”, serei absolvido. Se for à confissão e disser: “eu amo-o e não concebo deixar de o amar”, estou excomungado. Fabrizio Luppo. MAS EU NÃO QUERO SUJAR A CARNE NEM O ESPÍRITO.
DEIXEM-ME!!!!
03.07.2006
Cona. Eu vou gostar de cona. Senaita. Rata. Grelo. Racha. Pássara. CONA!!!
EU
GOSTO
DE
CONA
EU
GOSTO
DE
CONA
EU
GOSTO
DE
CONA
Eu vou olhar para a cona e não me vou intimidar.
Eu vou olhar para a cona e vou-lhe encontrar beleza concreta e não lírica.
Eu vou enterrar o meu caralho numa cona e vou gostar.
Eu vou foder uma gaja e vou gostar.
Eu gosto de cona.
Ele não tem cona. Eu não tenho cona. Ele gosta de cona. Eu gosto de cona. Eu gosto dele. Eu tenho que gostar mais de cona do que dele. Não tenho problemas com gajas. Não tenho problemas com cona. Cona. Cona. Cona. Repete a palavra até te soar bonita. C O N A. Com um “o” redondo e aberto. Um “o” quente em que te sentes bem, em que desejas estar. Não deixes que a cabeça se te encha de imagens dos braços dele. CONA. Tu queres cona. EU. EU quero cona. Ele. NÃO!!!!
não
na cona não há infelicidade futura
e a magia do presente?
e ele
o que é o bem dele? que passos, que passos posso eu dar para o bem delCONA!!!