terça-feira, maio 23, 2006 |
Poesias de qualidade e distinção, vol.1 – ou, como também há quem lhe chame, Ainda bem que o Vareta é um gajo que reconhece os seus limites (e os limites da paciência dos outros) e que se vai deixar destas merdas
isto
i.
vale talvez a pena dizê-lo
mas muito menos que experimentá-lo
(pensá-lo é espúrio,
(d)escrevê-lo, o maior dos erros,
calá-lo, virtuosamente calado,
é garantir-lhe a perenidade)
ii.
um dia de sol e vento
bonito, normal
e tudo pode soçobrar
urgindo
o que foi tantas vezes e tão cuidadosamente
descontextualizado
iii.
o susto de alguns tempos verbais
e questões conexas
é conservante
último.
silêncio
das palavras todas dizendo o mesmo
na mercê de uma voz
articulado ou mudo
isto
é onde existo agora
Arrotos do Porco: