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Vareta Funda

O blog dos orizicultores do Concelho de Manteigas


terça-feira, março 21, 2006


UMA SAGA TRANSGENDER



FêPêMê era um rapaz franzino, que vivia lá para as bandas septenterionais e com um problema crónico de
diarreia. Para qualquer lado que se movesse tinha sempre que levar o fraldão
atrás. Era um problema com as miúdas, uma vez que nem se podia chegar a
elas. Aliviava-se dessa precisão de outras formas: aproximava-se das vacas
com languidez e vá de zurzir nas mesmas. Muitas fugiam, mas outras acabavam
por ceder aos seus encantos de boi cobridor. O problema só surgia quando lhe
apetecia um pouco de sexo oral. Nessas alturas, pegava num molhinho de ervas
e tirava o bicho para fora. Os bezerrinhos aproximavam-se com alguma rapidez
e queriam mamar na tetina. Obviamente, achavam que aquilo era um pouco
pequeno, mas à falta de melhor, lá iam. O que representava um acréscimo de
dores para o pobre rapaz, pois os dentes a despontarem nas pequenas
vaquinhas provocavam-lhe dores atrozes no seu pionés. Mas o prazer superava
isso tudo. Embora ensanguentado, afirmava-se um sorriso na cara do mancebo.

O pior era a bosta que lhe ficava agarrada à região púbica. Secava e depois
para se tirar era o bonito. "Ai! Ai! Ai!" Gritava o pobre rapaz. Um dia num
delírio de fisting bovino deixou o anel do Sporting no recto da vaca e
andou horas a chafurdar nas bostas que a Mimosa deixava espalhadas pelo prado lá
da horta dele em Paranhos. Deus não andava nada satisfeito com ele e um dia,
ia ele todo lampeiro ao volante do seu Ford Capri pela Via Panorâmica quando
-vzzzzzt! - furou um pneu. Eusébio Kalupeteka aproximou-se solícito para
ajudar. - "Hum, que belos tomates tens...Um bocadinho sumidos, mas para o
que é serve. Não queres conhecer uma nova forma de amor, mom?" - Disse o
musculado africano, que era stripper num dancing. Convertido ao
travestismo, o rapaz deixara a mania das vacas e agora meneava a saia de
lycra, as meias de rede e o top leopardo na companhia de travestis
sem-abrigo toxicodependentes e emigrantes ilegais conhecidos por nomes
artísticos como: Tânia, Lídia, Beta e Nela. Os problemas de incontinência
fecal agravavam-se e era chato porque as fraldas para adultos incontinentes
faziam enchumaço no fio dental.

Andou nisto durante alguns anos, até que um dia, enquanto esperava a sua vez
no Centro de Saúde, para mais uma consulta de rotina, conheceu a Aduzinda,
uma jovem bulímica e cheia de traumas de infância. Foi amor à primeira
vista. Juntaram os trapinhos e mudaram-se para umas águas-furtadas no Bairro
da Sé, rachando a renda a meias com o padrasto dela, que era cantoneiro de
limpeza na Câmara do Porto e um pervertido de primeira.
O casal não teve vida fácil, pois o velho, além de continuar a malhar na
fenda da enteada, começou a reparar nas formas do FêPêMê, e, antes que o
rapaz tivesse tempo de dar um pio, zunga!, já tinha o enrugado tarolo
enfiado tripa acima. Não foi uma má experiência, porque logo no dia seguinte
a Aduzinda já tinha as malas à porta e entre soluços e golfadas de vómito, a
moça ia contando à vizinhança a sua triste história. Nisto, aparece Eusébio,
que irrompe escada acima e encontra os dois amantes em frenética actividade
sexual, tendo alguma dificuldade em perceber quem era quem, devido à
quantidade de merda que cobria seus corpos suados. Num ataque de raiva e
ciúme, atirou o velho pela janela e pegou no FêPêMê ao colo, levando-o para
casa.

Dois meses depois o fê já farto daquilo, coitado, (o cabrão do preto
tranco-o num cubículo num vão de escada onde já toda a vizinhança tinha
chave)... vrrrouummmmmmm de fuga, só parou numa área montanhosa do nordeste. Aí sim encontrou o
paraíso... assim que pediu uma pequena informação ao condutor de uma
camioneta com matricula espanhola convidaram-no logo para uma paelha.
Encheram-no de açafrão,
Açoite boçal no traçado de açafrão e maçã...
Num Açor puseram-lhe uma LANÇADA
Avançada malhaçada que até fervia,
Traçado o azimute, Galiza / área montanhosa do nordeste o boçal motorista alertou seus compatriotas que ali no Nordeste
havia trabalho a fazer...
Braçal,
Carniçal,
Serviçal, alça a calça e o Panão Vai no encalço descalço, tropeça num percalço,
Confiança no Galego dança com a esperança de esquivança da cobrança pela pança...
lançada canção na festança do mete e torna a meter na bufa do panão,
Que já não bufa na herança da lembrança da moca do Eusébio mãos de fada,
Lança confiança na dança da esperança...
A perseverança da sua pança com a trancada do Esperança,
É poção lançada na festança,
Segurança, semelhança, tardança Verossimilhança,
na vingança da vizinhança.
Arção Canção Feição de segurança na ficção da tardança,
Porção
Poção
AH! GRANDE FIDALGO DO NORDESTE!

FIM

Ficha técnica:
Produção: Chouriço
Texto: Chouriço, Assento da Sanita, Zeca Galhão & fininhO
Pesquisa fotográfica: Zeca Galhão.

Piadinhas do fim ao estilo apanhados do making of:

Zeca: Pás, estive sem sevidor até agora, e aproveitei para ir comer uma sande de
torresmos.
Se quiserem juntem isto, ou então não.
Em anexo vão três fotos.

Arrotos do Porco:


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