quarta-feira, novembro 16, 2005 |
ZUNG
Quando um alien se quer reproduzir, todos sabem que tem de encontrar um hospedeiro, pois todos viram aquele filme com aquela gaja boa - na altura, claro, porque depois envelhece-se. O alien agarra-se à cara do hospedeiro e não desgruda até ter o acto consumado. Depois, qual salmão depois da desova, fenece e cai para o lado, extenuado e morto de tanta actividade sexual. Os ursos agradecem.
A vida de urso não é fácil, uma vez que somente durante quatro meses podem comer à vontade, brincar com os ursinhos e papar umas ursas. De seguida, vão dormir e ficam num estado latente a que se chama «hibernação». Quando acordam, estão mal-dispostos e esfomeados, mais ou menos a descrição de um dia e de um acordar que para mim é normal.
A normalidade é uma coisa muito estranha. Quando se passa pelos bancos da Faculdade sonha-se com o fugir ao normal, ter uma bela vida, sem que se seja aquele trabalhador das nove às cinco e ala para casa tratar dos putos ranhosos que horas antes deixámos ao cuidado de um infantário ou colégio que tem boas referências. Nada garante que entre os professores ou entre os educadores de infância não haja um serial killer que limpe o sebo a um ou dois putos antes de se suicidar. Mas estes putos, por sua vez, já serão cereal killers, pois todas as manhãs comem o cereais que os papás lhes põem à frente.
A vida de cereal é relativamente curta, tal como a efémera do anúncio da vodafone. O cereal levanta-se de manhã, é ceifado pelas máquinas, separado por elementos mecânicos, vai para o silo e é desfeito em farinha que depois é recomposta nos mais variados produtos.
Coisa diferente é a batata, que para além de ser pré-cozinhada, fatiada, grelada e congelada, ainda é desidratada para fazer puré de saco. Mas não vou agora falar do saco, claro, que isto é um belogue de respeito.
Mas as batatas são como as mulheres: ou descascadas ou a murro.
Por falar em murro, era o que o alien merecia por se agarrar à cara de um gajo para se reproduzir. Para além de fazer uma imensa porcaria quando o filhote nasce, ainda por cima é homossexual, mas para efeitos reprodutivos. O que é um grande nojo e que, pelos vistos, no espaço resulta.
Haviam de lhe mandar um urso esfomeado e mal-disposto, daqueles que se levantam para a rotina diária de ir para o trabalho e voltar para casa, esquecendo totalmente os sonhos de Faculdade e que leva os putos ranhosos para a escola e vai buscá-los ao fim do dia, quando finalmente tem um bocadinho para brincar com a ursa e ela diz «não me apetece, dói-me a cabeça».
Já parece o «March of the Penguins», que é um documentário que acompanha os pinguins a marchar sobre o gelo durante 120 quilómetros para darem uma queca. E as mais das vezes vêm de lá com as asas a abanar e com os pés frios.
Sempre há vidas piores do que a rotina diária. Ou talvez não.
Quando um alien se quer reproduzir, todos sabem que tem de encontrar um hospedeiro, pois todos viram aquele filme com aquela gaja boa - na altura, claro, porque depois envelhece-se. O alien agarra-se à cara do hospedeiro e não desgruda até ter o acto consumado. Depois, qual salmão depois da desova, fenece e cai para o lado, extenuado e morto de tanta actividade sexual. Os ursos agradecem.
A vida de urso não é fácil, uma vez que somente durante quatro meses podem comer à vontade, brincar com os ursinhos e papar umas ursas. De seguida, vão dormir e ficam num estado latente a que se chama «hibernação». Quando acordam, estão mal-dispostos e esfomeados, mais ou menos a descrição de um dia e de um acordar que para mim é normal.
A normalidade é uma coisa muito estranha. Quando se passa pelos bancos da Faculdade sonha-se com o fugir ao normal, ter uma bela vida, sem que se seja aquele trabalhador das nove às cinco e ala para casa tratar dos putos ranhosos que horas antes deixámos ao cuidado de um infantário ou colégio que tem boas referências. Nada garante que entre os professores ou entre os educadores de infância não haja um serial killer que limpe o sebo a um ou dois putos antes de se suicidar. Mas estes putos, por sua vez, já serão cereal killers, pois todas as manhãs comem o cereais que os papás lhes põem à frente.
A vida de cereal é relativamente curta, tal como a efémera do anúncio da vodafone. O cereal levanta-se de manhã, é ceifado pelas máquinas, separado por elementos mecânicos, vai para o silo e é desfeito em farinha que depois é recomposta nos mais variados produtos.
Coisa diferente é a batata, que para além de ser pré-cozinhada, fatiada, grelada e congelada, ainda é desidratada para fazer puré de saco. Mas não vou agora falar do saco, claro, que isto é um belogue de respeito.
Mas as batatas são como as mulheres: ou descascadas ou a murro.
Por falar em murro, era o que o alien merecia por se agarrar à cara de um gajo para se reproduzir. Para além de fazer uma imensa porcaria quando o filhote nasce, ainda por cima é homossexual, mas para efeitos reprodutivos. O que é um grande nojo e que, pelos vistos, no espaço resulta.
Haviam de lhe mandar um urso esfomeado e mal-disposto, daqueles que se levantam para a rotina diária de ir para o trabalho e voltar para casa, esquecendo totalmente os sonhos de Faculdade e que leva os putos ranhosos para a escola e vai buscá-los ao fim do dia, quando finalmente tem um bocadinho para brincar com a ursa e ela diz «não me apetece, dói-me a cabeça».
Já parece o «March of the Penguins», que é um documentário que acompanha os pinguins a marchar sobre o gelo durante 120 quilómetros para darem uma queca. E as mais das vezes vêm de lá com as asas a abanar e com os pés frios.
Sempre há vidas piores do que a rotina diária. Ou talvez não.