terça-feira, agosto 09, 2005 |
“EQUADOR™” FINALMENTE EXPLICADO!.
Os segredos e os factos históricos por detrás do retumbante sucesso editorial.
(P.S. não se trata do livro do queque do M.Sousa Tavares, mas do outro que é muito melhor).
Na esteira dos inúmeros livros que explicam os livros de aventuras infantis de Dan Brown nas igrejas e aquelas coisas de padres misturadas com trivialidades esotéricas de pacotilha ao estilo dos livros do Robert Charroux sobre ovnis, a Atlântida e sociedades secretas, vimos explicar aos dois ou três leitores o livro “EQUADOR – A Epopeia portuguesa em África”. Esclarece-se o significado das passagens mais obscuras e relatam-se alguns factos históricos que consubstanciam algumas passagens de cariz ficcional, esperando não só satisfazer as mentes ávidas de banalidades irrelevantes, ao nível do Reader´s Digest, mas também ganhar uma pipa de massa com os direitos de autor.
“braça”- do latim brachia - plural de brachin (braço). Antiga unidade de medida de comprimento eqyuivalente a 22 cm, que corresponde mais ou menos ao comprimento dum braço esticado. Os marinheiros do Sec. XV andavam sempre de braço esticado e frequentemente com o pulso aberto, diga-se.
“cabotagem” – Tipo de navegação mariconça, sempre à vista da costa para não se perderem.
“Barbaria” – Era o nome que os Romanos davam ao Norte de África, excepto à Tunísia a que chamavam…África. Sítio onde se comprava haxixe, tapetes e chinelos.
“Bojador” – Pôrra, toda a gente sabe esta merda. É aquela barriga que África faz, nos Camarões ou na Costa do Marfim, ou lá o que é.
“Tramontana” – É o nome que os gajos davam naquela época à Estrela Polar. A altura angular dessa estrela chama-se “latitude”. Ir baixa, quer dizer que eles estavam perto do Equador. Perdê-la é mau, a menos que se tenha um gpszito.
“Navegar à bolina” – Maneira de navegar á vela contra o vento. Vai-se assim aos esses e vai-se mudando as velas de um lado para o outro e prontos,
“Canárias” – fêmeas dos canários e ilhas cheias de espanhóis e José Saramago.
“pesar o sol” – Tentativa ridícula de estimar a longitude com uma cruzeta de pau e uma ampulheta. Geralmente não resultava e eles iam parar a sítios que não tinham nada a ver com o destino e depois iam de cabotagem até atinarem. Mas também qualquer sítio servia. E depois os mapas também ficavam todos torcidos.
“Portulano” – Manual náutico com mapas e coisas assim. Por vezes tinham iluminuras pornográficas com santas a mostrarem os tornozelos. Com a rebarba com que eles andavam aquilo era um bocado perturbador e mais um factor de desorientação. Pedro Nunes, um século depois fez um livro incompreensível chamado “Tratado da Esfera” para ajudar os pilotos, mas eles embebedavam-se a bordo iam parar a outros sítios que depois descobriam (Brasil, Índia, China, Califórnia, Austrália, etc.)
“bombordo” – O lado esquerdo ou direito da embarcação, não me lembro.
“mangue” – O mesmo que mangal, uma floresta litoral inundada todos os dias por água do mar constituída por árvores dos géneros Rhizophora e Aviccenia e cheia de bicharada, caranguejos, e lama na maré baixa.
“cafre” – indivíduo de raça negra. Não é coisa que se chame a ninguém até porque poucos iriam perceber. É preferível usar expressões consagradas como "escarumba" ou "tição", por exemplo.
“gibão” – peça de roupa apaneleirada que basicamente é o mesmo que “bermudas”.
“fiouco” – Tecido muito manhoso que se rasga com muita facilidade normalmente vendido pelos ciganos.
“N´Gambo” – Orgulhosa tribo guerreira do Congo que só é conhecida dos livros do Tarzan.
“cipaio” – Polícia nativo que andava com um uniforme destinado a humilhá-lo. Camisa e gravata e …saias. O chapéu era uma espécie de penico.
“soba” – O chefe dos pretos. O gajo que papava as mulheres todas na aldeia e ainda era dono das vacas todas.
“monanganbé” – Palavra incompreensível duma música de Rui Mingas, que foi o Ministro do Desporto e depois Embaixador de Angola em Portugal e só por ser prêto, pois viveu a maior parte da vida em Lisboa e diz-se que papava aí muitas gajas. Também mandou uma carga policial para cima dos estudantes angolanos em Lisboa que protestavam junto da embaixada por não receberem as bolsas de estudo há mais de um ano.
“Matola e Siripipi do Cabuletê” – Localidade africana imaginária. Matola fica a sul de Maputo. Siripipi é um passarinho de que falava uma música execrável do Carlos Mendes quando era giro ser do PC. “Cabuletê” é duma música do Vinicius de Morais (A Tonga da Mironga do Cabuletê).
“tomates” – metáfora grossseira dos testículos do homem.
(Doações para a Fundação para a Cultura e Desenvolvimento Assento da Sanita NIB: 0025 00045678 3445356).
(Mais esta homenagem - a sério - aos habitantes da Cova da Moura).
Os segredos e os factos históricos por detrás do retumbante sucesso editorial.
(P.S. não se trata do livro do queque do M.Sousa Tavares, mas do outro que é muito melhor).
Na esteira dos inúmeros livros que explicam os livros de aventuras infantis de Dan Brown nas igrejas e aquelas coisas de padres misturadas com trivialidades esotéricas de pacotilha ao estilo dos livros do Robert Charroux sobre ovnis, a Atlântida e sociedades secretas, vimos explicar aos dois ou três leitores o livro “EQUADOR – A Epopeia portuguesa em África”. Esclarece-se o significado das passagens mais obscuras e relatam-se alguns factos históricos que consubstanciam algumas passagens de cariz ficcional, esperando não só satisfazer as mentes ávidas de banalidades irrelevantes, ao nível do Reader´s Digest, mas também ganhar uma pipa de massa com os direitos de autor.
“braça”- do latim brachia - plural de brachin (braço). Antiga unidade de medida de comprimento eqyuivalente a 22 cm, que corresponde mais ou menos ao comprimento dum braço esticado. Os marinheiros do Sec. XV andavam sempre de braço esticado e frequentemente com o pulso aberto, diga-se.
“cabotagem” – Tipo de navegação mariconça, sempre à vista da costa para não se perderem.
“Barbaria” – Era o nome que os Romanos davam ao Norte de África, excepto à Tunísia a que chamavam…África. Sítio onde se comprava haxixe, tapetes e chinelos.
“Bojador” – Pôrra, toda a gente sabe esta merda. É aquela barriga que África faz, nos Camarões ou na Costa do Marfim, ou lá o que é.
“Tramontana” – É o nome que os gajos davam naquela época à Estrela Polar. A altura angular dessa estrela chama-se “latitude”. Ir baixa, quer dizer que eles estavam perto do Equador. Perdê-la é mau, a menos que se tenha um gpszito.
“Navegar à bolina” – Maneira de navegar á vela contra o vento. Vai-se assim aos esses e vai-se mudando as velas de um lado para o outro e prontos,
“Canárias” – fêmeas dos canários e ilhas cheias de espanhóis e José Saramago.
“pesar o sol” – Tentativa ridícula de estimar a longitude com uma cruzeta de pau e uma ampulheta. Geralmente não resultava e eles iam parar a sítios que não tinham nada a ver com o destino e depois iam de cabotagem até atinarem. Mas também qualquer sítio servia. E depois os mapas também ficavam todos torcidos.
“Portulano” – Manual náutico com mapas e coisas assim. Por vezes tinham iluminuras pornográficas com santas a mostrarem os tornozelos. Com a rebarba com que eles andavam aquilo era um bocado perturbador e mais um factor de desorientação. Pedro Nunes, um século depois fez um livro incompreensível chamado “Tratado da Esfera” para ajudar os pilotos, mas eles embebedavam-se a bordo iam parar a outros sítios que depois descobriam (Brasil, Índia, China, Califórnia, Austrália, etc.)
“bombordo” – O lado esquerdo ou direito da embarcação, não me lembro.
“mangue” – O mesmo que mangal, uma floresta litoral inundada todos os dias por água do mar constituída por árvores dos géneros Rhizophora e Aviccenia e cheia de bicharada, caranguejos, e lama na maré baixa.
“cafre” – indivíduo de raça negra. Não é coisa que se chame a ninguém até porque poucos iriam perceber. É preferível usar expressões consagradas como "escarumba" ou "tição", por exemplo.
“gibão” – peça de roupa apaneleirada que basicamente é o mesmo que “bermudas”.
“fiouco” – Tecido muito manhoso que se rasga com muita facilidade normalmente vendido pelos ciganos.
“N´Gambo” – Orgulhosa tribo guerreira do Congo que só é conhecida dos livros do Tarzan.
“cipaio” – Polícia nativo que andava com um uniforme destinado a humilhá-lo. Camisa e gravata e …saias. O chapéu era uma espécie de penico.
“soba” – O chefe dos pretos. O gajo que papava as mulheres todas na aldeia e ainda era dono das vacas todas.
“monanganbé” – Palavra incompreensível duma música de Rui Mingas, que foi o Ministro do Desporto e depois Embaixador de Angola em Portugal e só por ser prêto, pois viveu a maior parte da vida em Lisboa e diz-se que papava aí muitas gajas. Também mandou uma carga policial para cima dos estudantes angolanos em Lisboa que protestavam junto da embaixada por não receberem as bolsas de estudo há mais de um ano.
“Matola e Siripipi do Cabuletê” – Localidade africana imaginária. Matola fica a sul de Maputo. Siripipi é um passarinho de que falava uma música execrável do Carlos Mendes quando era giro ser do PC. “Cabuletê” é duma música do Vinicius de Morais (A Tonga da Mironga do Cabuletê).
“tomates” – metáfora grossseira dos testículos do homem.
(Doações para a Fundação para a Cultura e Desenvolvimento Assento da Sanita NIB: 0025 00045678 3445356).
(Mais esta homenagem - a sério - aos habitantes da Cova da Moura).
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