quinta-feira, julho 28, 2005 |
Lisboa
O Verão recorda-me um pouco o «Ensaio Sobre a Cegueira», de Saramago. O ambiente opressivo, a desorganização, a falta de gente nas ruas, os serviços públicos parados… Tudo isso me leva a pensar que, no caso de surgir uma cegueira geral, seria mais ou menos assim, com excepção do ruído.
O barulho dos automóveis terminava de imediato. O som que as máquinas das obras que decorrem aqui e ali produzem, silenciava-se. Eventualmente, as máquinas eléctricas também se calariam, por não haver quem tratasse da sua manutenção.
Os aviões… Estes seriam os primeiros.
O ruído em si resumir-se-ia aos gritos das vozes humanas, de pessoas perdidas ou em apuros e que não têm ninguém que as ajude ou que as guie. E, uma vez que estariam todos sem ver, não haveria ninguém para ajudar…
É um exercício de abstracção bestial.
Claro que isto não faz muito sentido para quem vive isolado no campo, longe de qualquer via de comunicação, sem abastecimento público de água e de electricidade e onde o carteiro vai uma vez por mês. Mas presumo que esses não venham espreitar este belogue…
O barulho dos automóveis terminava de imediato. O som que as máquinas das obras que decorrem aqui e ali produzem, silenciava-se. Eventualmente, as máquinas eléctricas também se calariam, por não haver quem tratasse da sua manutenção.
Os aviões… Estes seriam os primeiros.
O ruído em si resumir-se-ia aos gritos das vozes humanas, de pessoas perdidas ou em apuros e que não têm ninguém que as ajude ou que as guie. E, uma vez que estariam todos sem ver, não haveria ninguém para ajudar…
É um exercício de abstracção bestial.
Claro que isto não faz muito sentido para quem vive isolado no campo, longe de qualquer via de comunicação, sem abastecimento público de água e de electricidade e onde o carteiro vai uma vez por mês. Mas presumo que esses não venham espreitar este belogue…
Lisboa de Verão reporta-se à Lisboa antiga, que estava rodeada de quintas, como era o caso de Campolide.
De qualquer forma, o ambiente do Verão passado em Lisboa fez-me pensar nisto. Haja férias.
De qualquer forma, o ambiente do Verão passado em Lisboa fez-me pensar nisto. Haja férias.