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Vareta Funda

O blog dos orizicultores do Concelho de Manteigas


quarta-feira, abril 20, 2005

O PAPA

A eleição do facínora mais mafioso, insidioso e fascista de que Igreja dispunha - o Cardeal Ratzinger – como chefe da seita católica, representa o culminar de um processo gradual de tomada silenciosa do poder, não só dentro da Igreja, que aliás tem vindo a ocorrer inelutavelmente também nas mais diversas esferas da sociedade, por parte de uma organização criminosa – a Opus Dei. Trata-se de uma organização anti-democrática, obscurantista, fundamentalista, totalitária e fascista, que por via do proselitismo fanático e da promessa de benesses – o Poder e o dinheiro – junto das elites, tem vindo a cumprir o seu objectivo único: - o seu próprio engrandecimento e controle de todos os sectores académicos, económicos e políticos. Defendendo valores ultra-conservadores de forma fanática e sobrepondo-se, em termos de poder decisório, às instituições democráticas legítimas, esta máfia é actualmente transversal a todos os sectores da sociedade. Como se trata de uma organização hierárquica onde as decisões não estão sujeitas a qualquer transparência, sentido de interesse comum ou discussão, dá que pensar a quem, senão apenas à própria Opus Dei, interessa aquilo que os políticos, gestores e académicos fazem por obediência à organização. A sua actuação é tanto mais insidiosa quanto a fachada, à qual o epíteto de hipócrita é um infinitesimal eufemismo, de piedade, bondade e religiosidade é usada perante os fiéis e o povo para os vampirizar, explorar e manipular. O truque foi fácil, usar os métodos próprios de uma sociedade secreta fanatizada e usara os sentimentos religiosos mais profundos (e acredito que muita vezes sinceros) de quem já pertencia potencialmente à classe dirigente :os filhos da classe dirigente. A Opus Dei é um mecanismo profundamente anti-democrático e conspirativo para que as massas considerem as elites que se lhe associam por Direito Divino de forma cada vez mais explícita - terem como natural a sua posição de líderes indiscutíveis. O modus faciendi dos membros da Opus Dei, nas instâncias mais triviais, aquelas com que lido habitualmente por exemplo, é de desprezo absoluto por todos os que não pertencem á seita. É sabido, só para citar um exemplo, que privilegiam em concursos públicos unicamente os membros da organização, a desrespeito da competência dos outros candidatos ou da justiça e transparência do processo. E Portugal não é excepção, antes pelo contrário. Com um homem como Ratzinger, que diz publicamente que não existe verdade fora da Igreja; que tratou –com métodos de purga política próprios dos regimes nazis, estalinista e fascistas – de eliminar toda a oposição interna e controlar, cercando o Papa anterior e também todas as vozes discordantes dentro da Igreja, ao nível mundial, o tamanho deste autêntico tumor maligno da sociedade ocidental, só pode aumentar desmesuradamente. O exemplo mais conhecido de purga foi o de Leonardo Boff, alvo de um processo de excomunhão por “heresia”. A Igreja Católica, numa lógica de sobrevivência e predominância na sociedade sempre se associou ao Poder, fosse ele qual fosse. Agora é o Poder. No entanto, não se trata da Igreja que conhecíamos. Tal como aconteceu recentemente com a subida das forças mais obscuras e fascistas ao Poder da maior nação do Mundo – os EUA – e o truque foi fazer parecer que continuava tudo na mesma (democracia, direitos civis, etc.). Também no que respeita à Igreja é esse o truque. A Igreja tal como a conhecemos desapareceu. Está dominada por a seita mais perigosa e anti-democrática que alguma vez existiu, porque extravasa o plano religioso para as esfera da economia, do conhecimento, do pensamento a nível global. Mas não, agora Opus Dei é a Igreja e eles são poderosos e perigosos. A Liberdade de pensamento e de ser, é cada vez mais uma miragem na sociedade actual.


P.S. Fácil será dizer que exagero, deliro, sou faccioso ou um paranóico apanhado pela teoria da conspiração fácil. Pensem o que quiserem.





Arrotos do Porco:

caro Bom Selvagem. Gostei dos comentários com que me obsequiaste. Evidentemente que o texto peca por alguma raiva, como já me disseram hoje duas pessoas. É verdade. Não é de todo um texto anti-igreja nem sobretudo contra os católicos entre os quais há, por maioria de razão, gente muito boa, amigos, família e muitos que não se revêm nas posições mafiosas e dogmátcas da Obra. Ainda bem. Longe de mim sugerir, de forma séria, tal coisa. Mesmo na Obra os há. Pessoas sinceras e dedicadas. Julgo que no fundo acabam por ser manipuladas. Existe pelo menos uma pessoa pelo qual tenho uma admiração enorme que é ou foi da Obra. Também não acho que este "polvo" tenha poder absoluto mundial. É sobretudo nos países latinos europeus e americanos e incluindo os EUA. Quanto à Maçonaria, que tradicionalmente se lhes opõe,ou contrapõe se quiseres, está neste momento muito na "mó de baixo", em termos comparativos, apesar de algum poder no meio académico e político. Quanto à tendencia para teoria da conspiração é sim, um pouco de folclore meu, pois não acredito em governantes invisiveis, mas que há corporações de alto nível obviamente que as deve haver. As clássicas como o Sionismo Internacional, por exemplo, também não são provavelmente o polvo que se pinta nalguma literatura mais marginal. Mas detêm a sua quota de poder mundial, nos media por exemplo.

Quanto ás provas de que falas, acho que não se trata tanto de as procurar mas apenas de recolher as evidências oriundas duma cultura política um pouco mais abrangente que o folclore dos media. Eu sei que é facil cair num discurso exagerado e raia-se sempre algumas posições politicamente incorrectas. Um exemplo, muito breve, existiu na história recente um acto criminoso de proporções monstruosas - O Holocausto -. Malditos seja quem o perpretrou e nem quero saber das motivações ou "justificões". No reverso da medalha há aquilo que já foi chamado de "industria de vitimização" por parte de grupos "sionistas" -sobretudo americanos - que tem um enorme poder nos media mundiais. Não deixa de ser aviltante. Sobretudo porque abandalha a memória dos que morreram.Tal "industria" capitaliza politicamente muita coisa e traduz-se em muito poder (mediático, económico). Nomeadamente é muito vantajoso para capitalizar a má consciência do Ocidente cristão em favor do estado de Israel. Este é só um exemplo de uma corporação global. Dizer isto pode ser mal interpretado. Primariamente como anti-semitismo. Não é. Longe de mim. É só uma constatação que serve de exemplo de "corporação de cúpula".

Obrigado pelo teu comentário.



Uma correcção: o Leonardo Boff não foi excomungado. Foi "apenas", como alguns outros, proibido, por um período determinado de tempo (um ano) de publicar e ensinar teologia. Nada mais.

A excomunhão é uma pena gravíssima e raramente utilizada pela Igreja. A última vez foi aplicada ao cismático Lefévre, um ultra-ortodoxo (da extrema-direita católica, se assim se pode dizer), que rejeitava as mudanças (liberais, progressistas?) introduzidas pelo Concílio Vaticano II. Adivinhem lá quem conduziu o processo de excomunhão... Isso mesmo: o Cardeal Ratzinger.

Abraços.
Abaixo a Opus Dei.
Viva o Papa!



É verdade, isso do Leonardo Boff, tens razão, não foi de facto excomungado. Esse homem é, aliás, uma personalidade brilhante em muitos outros domínios. (Por exemplo, traduziu a obra completa de Carl Jung para português(. Lembro-me da excomunhão do Lefévre "excomunicatio ipso facto", mas o Ratzinger tb. já dá sinais de má vontade relativamente ás reformas dos Concílio Vaticano II... Voltarão as missas em Latim e de costas para a congregação, etc.? Na volta ainda vai retirar a excomunhão do Lefévre...

A mim, que não sou católico (nem cristão) é-me indiferente, mas como a religião me interessa muito do ponto de vista antropológico, acho que é socialmente significativo tudo o que se passa na igreja romana.

Giro giro, era um novo cisma na Igreja. Isso é que eu curtia! ah ah ah !





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