sábado, abril 23, 2005 |
O Lápis Azul
A Comissão da Censura é instituída a 22 de Junho de 1926 com carácter provisório. Os jornais passam a ser obrigados a enviar a esta comissão quatro provas de página e a não deixar em branco o espaço das notícias censuradas .
A implicação desta medida causa a indignação nas redacções. Em 1933 a Censura viria a ser legalmente instituída através da Constituição e dura até 1968, durante o governo de Salazar, e muda de nome para Comissão de Exame Prévio com o governo de Marcelo Caetano.
Todas as notícias de todas as áreas eram vistas previamente pelos censores que podiam apenas “cortar” algumas frases ou proibir a notícia toda.
A censura fazia-se também noutras áreas como a publicidade, as artes,o cinema, o teatro, letras de fados, imagens publicitárias, livros, etc.
A Comissão da Censura é instituída a 22 de Junho de 1926 com carácter provisório. Os jornais passam a ser obrigados a enviar a esta comissão quatro provas de página e a não deixar em branco o espaço das notícias censuradas .
A implicação desta medida causa a indignação nas redacções. Em 1933 a Censura viria a ser legalmente instituída através da Constituição e dura até 1968, durante o governo de Salazar, e muda de nome para Comissão de Exame Prévio com o governo de Marcelo Caetano.
Todas as notícias de todas as áreas eram vistas previamente pelos censores que podiam apenas “cortar” algumas frases ou proibir a notícia toda.
A censura fazia-se também noutras áreas como a publicidade, as artes,o cinema, o teatro, letras de fados, imagens publicitárias, livros, etc.
Alguns exemplos:
. Num panfleto de divulgação do filme “A Casa Encantada” de Alfred Hitchcock, a navalha que um homem segura enquanto abraça uma mulher é apagada.
. O cartaz anunciando a peça “A Casa de Bernarda Alba” de Frederico Garcia Lorca, foi proibido por determinação do Governador Civil do Porto porque exibia uma mulher nua da cintura para cima.
. O “Fado Socialista”, escrito em 1927 por Ramada Curto foi proibido: «Gente rica e bem vestida/ P’ra quem a vida é fagueira/ Olhem qu’existe outra vida/ N’Alfama e na Cascalheira! (…) Mas um dia hão-de descer/ Os lobos ao povoado…/ Temos o caldo entornado/ Vai ser bonito de ver/ Não verá quem não viver/ O fogo d’essa fogueira/ Soa a hora derradeira/ De quem é feliz agora…/ Às mãos da gente que chora.».
. Os Livros :
A Classe Operária irá desaparecer?, N. Gaouzner
A Esperança Agredida, José Manuel Mendes
A Revisão do Contrato Colectivo de Trabalho dos Metalúrgicos
Minha Senhora de Mim, Maria Teresa Horta
Moçambique pelo seu Povo, José Capela
O que é a Reforma Agrária, Blasco Hugo Fernandes
Oração Fúnebre por Ernesto Guevara, Fidel Castro
Os Clandestinos, Fernando Namora
Um Homem Não Chora, Luiz de Sttau Monteiro, entre muitos outros.
Arrotos do Porco: