quarta-feira, fevereiro 02, 2005 |
Pequeno relato de um sábado na Mealhada, Janeiro de 2005
Uma palavra prévia de apreço pela organização: o g2, embora de tenra idade, esmerou-se e proporcionou-nos uma óptima tarde, com um excelente repasto e com uma qualidade de escolha excelente. Arranjou-nos uma sala espaçosa, aquecida e bem servida de luz. Sem qualquer problema para estacionar e com um serviço assaz eficiente. Nem podia deixar de ser assim: é que o jovem g2 fez para lá uma amiga que só lhe respondia «Meta» cada vez que ele telefonava. Mas isso não me diz respeito…
Caros Amigos, o Grande Consílio dos Bácoros reuniu-se uma vez mais. E se peca por não ter contado com todos - o que, convenhamos, é sempre difícil - não pecou por falta de boa disposição e amizade.
As miúdas estavam lindas, isso é ponto assente.
De uma ponta à outra da mesa, tínhamos a menina do mimalho, a Saltos Altos, a tt, a laurinha e, um pouco mais tarde, a estounua.
Do lado dos marmanjos, estavam lá o zé cutivo, o referido g2, o mimosa, o Fodimedes, eu, o Papo-seco e o Manuel.
Lamentámos a ausência da Nena Maria que, prostrada por uma súbita febre, não pôde comparecer. Em abono da verdade, deixem-me que lhes diga que os que não foram perderam uma grande tarde. E uma tarde grande, pois então. Entrámos no local do nham à hora do almoço – uns mais tarde do que os outros, é verdade (eu incluído nestes do mais tarde…) – e saímos à hora de jantar.
Para manter a tradição, demo-nos todos bem, com uma conversa fluida e as piadas acutilantes de um certo senhor do Norte. Carago!
Revi Amigos que já não encontrava há um ano e estão cada vez melhores. Achei muita piada a conhecer pessoalmente o Manuel e o Papo-seco. Estes gajos são uma boa lição para os clones, que têm medo de assumir um nick e de nos conhecer as fronhas. E são gajos muito fixes.
Bom, como já disse, foi uma óptima tarde. Ou quase.
Sim, quase. O que não sabem é que, depois de terem encerrado as festividades e antes de voltar para Lisboa, eu e a laurinha fomos tomar um café à Mealhada. In loco, sim.
Pois. Tinha sido muito leitão e muito Sarmentinho (vinho adamado - vinho frisante gaseificado - bem bom!) e eu precisava de um bocadinho de cafeína. Ora bem, entro naquela magnífica terra e vou até um café que aproveitou as antigas instalações de um teatro e que ficou muito bem. Até aí, sem problemas.
Como aquilo está localizado numa estrada onde passa um carro a cada dez minutos e como está rodeado de armazéns, ou coisa que o valha, não vi qualquer problema em estacionar em cima do passeio, onde até estava, pelo menos, outro carro. Digamos que deixei apenas as rodas do lado esquerdo do carro fora do passeio. À frente da entrada de um armazém, com um acesso enorme. Com um passeio larguíssimo, onde cabia um outro carro estacionado ao lado do meu. Num passeio onde não passava vivalma e com razão – o frio que se fazia sentir era cortante.
Pois bem, tomámos o nosso café em quinze minutos, saímos e dirigimo-nos para o carro. Entrámos. Abri a janela. Nesse momento, passou um carro da Guarda Nacional Republicana. Eu disse para a laurinha: «Queres ver que este gajo nos vem chatear?». Ela responde-me: «Não. Achas que sim?».
Take seguinte: o senhor guarda sai da viatura e posta-se ao lado da minha janela. «Boa noite, senhor condutor». Eu: «Boa noite». Ele: «Não sabe que não pode estacionar o veículo em cima do passeio?». Eu: «Tem razão, fomos só tomar um cafezinho e vamos já embora». Ele: «Está sujeito a ser autuado». Eu, em pensamento: «Filho da puta, vem para aqui implicar». A laurinha – uma querida – a querer ajudar: «A culpa foi minha!». O GNR (estava escuro, mal nos víamos): «Então se eu decidir autuar o senhor condutor, é a senhora que paga». Eu, em pensamento: «Cabrão, filho da puta – perspectiva económica, hem?». Eu, na realidade: «Nós nem somos daqui, viemos de Lisboa e vamos já embora». Ele, efectivamente cabrão e filho da puta e com uma lógica imbatível: «Um passeio é um passeio, aqui ou em Lisboa». Eu, já farto e a ligar o motor: «Tem razão, vamos já embora». E fomos. Mas o senhor GNR fez questão de permanecer ao lado do carro e ver se tínhamos os cintos de segurança postos e se eu fazia pisca-pisca para sair de cima do passeio. Tudo cumprido.
Dois metros à frente, de janela aberta, viro-me para a laurinha e desabafo: «Filho da puta». Não sei se o senhor guarda ouviu ou não.
Prepotenciazinha do camandro, não?
Pois bem, tomámos o nosso café em quinze minutos, saímos e dirigimo-nos para o carro. Entrámos. Abri a janela. Nesse momento, passou um carro da Guarda Nacional Republicana. Eu disse para a laurinha: «Queres ver que este gajo nos vem chatear?». Ela responde-me: «Não. Achas que sim?».
Take seguinte: o senhor guarda sai da viatura e posta-se ao lado da minha janela. «Boa noite, senhor condutor». Eu: «Boa noite». Ele: «Não sabe que não pode estacionar o veículo em cima do passeio?». Eu: «Tem razão, fomos só tomar um cafezinho e vamos já embora». Ele: «Está sujeito a ser autuado». Eu, em pensamento: «Filho da puta, vem para aqui implicar». A laurinha – uma querida – a querer ajudar: «A culpa foi minha!». O GNR (estava escuro, mal nos víamos): «Então se eu decidir autuar o senhor condutor, é a senhora que paga». Eu, em pensamento: «Cabrão, filho da puta – perspectiva económica, hem?». Eu, na realidade: «Nós nem somos daqui, viemos de Lisboa e vamos já embora». Ele, efectivamente cabrão e filho da puta e com uma lógica imbatível: «Um passeio é um passeio, aqui ou em Lisboa». Eu, já farto e a ligar o motor: «Tem razão, vamos já embora». E fomos. Mas o senhor GNR fez questão de permanecer ao lado do carro e ver se tínhamos os cintos de segurança postos e se eu fazia pisca-pisca para sair de cima do passeio. Tudo cumprido.
Dois metros à frente, de janela aberta, viro-me para a laurinha e desabafo: «Filho da puta». Não sei se o senhor guarda ouviu ou não.
Prepotenciazinha do camandro, não?
Arrotos do Porco: