sexta-feira, setembro 10, 2004 |
De orelhas em pé - XV
Comemorando o autêntico primeiro aniversário deste belogue, venho trazer-vos a última (?) encarnação de um fado muito português. Tentem perceber a diferença entre ISTO, ISTO e ISTO. Podem procurar à vontade, que o resultado é o mesmo - o mais esperado lançamento em DVD de sempre, os filmes que maior culto arrastam atrás de si desde que estrearam nas salas de cinema, vão ser postos à venda em toda a Europa a preços que rondam os 50 Euros. Toda, salvo seja: no extremo ocidental, há um pequeno país que teima em resistir à lógica do mercado e em que distribuidores se aproveitam da sua situação de quase monopólio para inflaccionar os preços das suas representações.
Explicações para isto haverá muitas, mas não me apetece ser exaustivo e vou directo à que me parece ser a principal: nos últimos 20 anos, o ganho de poder de compra dos portugueses gerou um novo-riquismo disparatado e todo-poderoso. As empresas sabem disto, e associam estes consumidores a uma estupidez infinita e a uma incapacidade atávica de cuidar do seu dinheiro, comparando preços. Quero, posso e levo, custe o que custar - então, porque não carregar no preço?
Alguns de vós poder-me-ão dizer que os custos associados a produzir um DVD para a língua portuguesa são superiores aos custos de produzir para francês ou espanhol, porque terão de ser amortizados num número de unidades necessariamente menor. Até lhes daria razão, não fosse o caso da edição portuguesa ser a mesma que para os antigos países de leste (Polónia, Bulgária, Roménia, etc.) e lá custarem os mesmíssimos 50 Euros (podem confirmá-lo AQUI). Ficam os 20 Euros para cobrir o diferencial de custo de produção das capas. Acham crível?
Arrotos do Porco:
Quanto ao assunto do poste, mais uma coisa. Acontece o mesmo aos produtos do IKEA, por exemplo, e estes não têm traduções, nem capas, nem custos altos por nós sermos em menor número. Muito bem lembrado, Menir Calém. |
Uma grande parte das pessoas avalia e é avaliada pelos sinais exteriores de riqueza, foram "apanhados" pela sociedade de consumo e pelos novos valores. FPM, não gramo receber ordens mas, como é para ti, já me estou a materializar :o) |
Fêzinho, pá, não estás a atingir o real alcance disto. Vai dar uma voltinha pelos sites que conheças e vais constatar que não é só a FNAC - é a Amazon, é a DVDGo, é o que tu queiras: Portugal é a excepção europeia. E não creio que isso seja responsabilidade de nenhum retalhista em particular, mas da distribuidora que decidiu furar o esquema europeu de preços para meter mais umas coroas ao bolso com os portugas. É, entre outras coisas, uma afirmação da parte deles: "vocês são mais estúpidos que o resto dos europeus e por isso nós vamos ganhar mais dinheiro com vocês, apesar de sabermos que vocês têm menos". |
Bons dias. Boa, Pedruço. Não queres fazer aí uma comparação de mercado para descobrires o melhor banco para eu fazer um empréstimo para compra de habitação própria permanente? É que tou mesmo a precisar de comprar uma barraca... FêPêMê, concerteza não existe, pá. |
Bom dia. Belíssima posta, Menalho do caril. Muito pertinente. É de facto impressionante. Impressionante o que se gasta nesta terra com paneleirices várias quando não se tem massa para as pagar a pronto, e impressionante o que se chula neste país. E o que dizia o fpm dos carros é uma grande verdade, ainda para mais se virmos que os panascas dos olés aqui ao lado têm um parque bem mais envelhecido que o nosso e que um carro médio familiar poder ter à volta de 5.000 euros (!!!!!!!!!!) de diferença (para menos, e em Espanha, claro). Poderemos usufruir da livre circulação de mercadorias da união Europeia e ir lá comprar um carrito por menos 1.000 contos? NÃO! O Estado não deixa. Se querem ter carros cá, paguem o Imposto Automóvel. São só umas largas centenas de contos a mais. Mas mesmo assim, continuamos a ter melhores carros que eles. Se o próprio Estado incentiva este chulanço generalizado num país onde se ganha mal (em termos relativos), porque não haverão os filhos da puta da FNAC de chular também. Aqui há um ano fui a Madrid. Tinha acabado de sair o último CD dos White Stripes. Cá ainda não tinha chegado. Lá já. Chegou antes e eu estava lá e comprei. Um mês depois vej-o na FNAC do Chiado. Eram só mais 4 euros. 800 mérreis, senhores! Vou comprar um CD de um grupo espanhol 'da moda', custa-me 12 euros, na FNAC espanhola. Vou comprar o último dos Da weasel e custa-me na nossa FNAC, 16 euros, e som sorte, que está em promoção, por trás estavam 18€ riscados a caneta. CHULOS! é o que é. Santana, amostra de diva, amocha e baixa o IVA! Passainde bem. |
E estou com o fin0. Por uma vez estamos de acordo: hoje é dia de S. Nicolau Tolentino, confessor. Olé! Mas eu cá não meto santinho nenhum no cu. Isso é lá com o fininh0. |
Não sei se me vou lembrar, FêPêMê... Com certeza que não me lembrarei. E olha, és pai de uns garbosos catraios, pá. Já lhes vi a fronha e são muita giros! Quem diria, hem? Vindos de quem vêm... |
Se baixassem o IVA nos produtos culturais já se notava uma diferença abissal, ó caralho. Se arranjassem um IA como Deus manda, já se notava também. Se fizessem as empresas pagar IRC a tempo e horas, já se notava, cona. É como eu digo, enquanto não derem saúde, educação uma fiscalidade decente a esta terra isto nunca se vai desenmerdar. Mai nada. |
Vento suão!, obrigado... Pela doce companhia Que em teu hálito empestado Sem eu sonhar, me chegara! toudoida! |
Desenmerdar de certeza que não existe, mas enfim. chOURAS, eu também vi os gaiatos. E fiquei perplexo! Cá para mim não são filhos dele. Não pode ser. Ou então a beleza da mãe será tal que abafa toda a fealdade do pai! Menir: e não valerá a pena mandar vir os CD's da estranja, mesmo pagando portes? Se fosse o caso, era de aproveitar, e depois mandar um mail à FNAC.pt a dizer isso mesmo. |
Cá para mim, houve ali intervenção externa... O FêPêMê anda a riscar as paredes e nem desconfia... Mas salta à vista. |
A isto chama-se ~julgar que se tem a Verdade no bolso e assim sendo Olhar para a Árvore sem ver Floresta. Os imbecis que paguem a crise! |
Ó lindinho, ainda não é noite e já tás com o cebolinho inchado, mete lá outra vez a Marina Colasanti no cu e vai dormir. |
AHAHAHAHAHAHA uiuiuiui ó pa mim a tremer , aiaiaiaiai, devia ter trazido o Xanax, foda-se, agora vou ficar nervoso todo o santo dia Tu também tremes, chOURAS? O Vareta, se a memória não me falha, tá em missão secreta, fora da capital. Ando semi descarrilado e já não me lembro se foi esta ou na semana passada. O tempo voa mais depressa cu concorde, 'Ministro'! Burps. Vou ali meter qualquer coisinha no estômago. |
Ó FêPêMê, pá, se me ameaças com o taco irás gostar do bastão de baseball que tenho aqui guardado para ti... |
E a malta que tá em Lisboa mas que não é de Lisboa? Também pode ir? Mas olha que o Parque parece-me bastante suspeito... |
Agora é que eu vi! Ó lindinho, junta-lhe dois dedo de Bushmills que eu bebo à tua saúde mental, seu panasca deprimido. |
Ao FPM, tudo o que meter Parque Eduardo VII, deixa-o logo a salivar profusamente. Até podiam fazer uma corrida de lesmas, ou uma prelecção do Exército de Salvação que ele ia logo a correr ver. se calhar precisa que lhe abram os olhos. Todos os três! :D Também ouvi falar nessa senaita. Mas, domingo às 3 da tarde? Dasss.... Espero não estar em Lisboa a uma hora dessas! :) |
Olha meste a disfarçar! "Faz parte do meu imaginário", Parque Ed.VII, carros feitos à mão, "imaginário"... |