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Vareta Funda

O blog dos orizicultores do Concelho de Manteigas


terça-feira, fevereiro 17, 2004

Diálogos de Amizade, 8

- Já soubeste do Nélson?
- Sim. Já estava à espera.
- Eu bem o avisei. Largar o banco por aquela coisa da consultadoria externa, estava-se mesmo a ver.
- Essas coisas só dão quando um gajo tem muitos padrinhos. O gajo, convencido que era bom, vai de peito aberto e lixa-se, claro.
- Eu dei-lhe todo o apoio! Quando o gajo me falou nisso, eu disse: “Grande ideia, Nélson. Vai em frente, tu és capaz!”. O tipo estava com aquelas dúvidas da treta, de não ser capaz de se lançar sozinho, de ser um passo maior que a perna...
- Eu falei-lhe da carteira de clientes. O gajo estava receoso que não chegassem, que ainda era cedo e o caralho, mas eu disse-lhe que não fosse cobarde e se atirasse. Se não fosse agora, que é novo, ia ser quando? Com 50 anos?
- Bem, a verdade é que eu nunca lhe reconheci uma capacidade por aí além, mas sabes como é...
- Claro, pá. Eu também vi logo que o gajo se ia lixar se não tivesse clientes, mas nós somos amigos dele, temos que lhe dar força.
- Encontrei o pai dele ontem. Diz que o gajo está na merda, teve que vender a casa.
- Já soube. Telefonaste-lhe?
- Eu, não, e tu?
- Também não, mas o gajo sabe os nossos números.
- É... ele sabe que somos amigos e estamos aqui para o que for preciso.

Arrotos do Porco:


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