sexta-feira, dezembro 26, 2003 |
Alambridatia, 2
- Sabes...
- hummm... o quê?...
- Não conheci mulheres suficientes para ter por certo isto ser do teu agrado.
- Como? Que história é essa de mulheres suficientes?
- Estarmos aqui é o resultado de um processo indutivo. As poucas a quem eu o fiz, gostaram. Logo, tomei-o abusivamente como um sinal de que a generalidade do sexo feminino gosta.
- Errrr... é uma coisa esquisita para tu te lembrares agora...
- Mas não é tudo. A maioria toma esse conhecimento fragmentário de cada um, amalgamado num certo ideário masculino, como se de uma generalidade se tratasse para concluir o mesmo por um processo pseudo-dedutivo, ferido nos pressupostos.
- Tu estás, realmente, a pensar nisso agora?
- Sim. No fundo, a lógica não é nossa amiga, nestes momentos.
- Então deixa-me ajudar-te. Se eu fizesse fé no amalgamado ideário feminino, deduziria que, apesar de tudo, tive muito azar contigo. Se, por outro lado, usasse o teu exemplo particular, seria obrigada a induzir que os homens não sabem lamber e comprava um cão. Sai lá, que me estás a babar o sofá.
Arrotos do Porco: