quarta-feira, novembro 05, 2003 |
Um Novo Mundo - III
Ontem, enquanto almoçava pacatamente com o meu coelhinho de estimação, conversámos sobre coisas corriqueiras e banais, como a crise no Médio Oriente e o estado da Nação. A propósito de um assunto bem mais delicado e sério- a bola nativa – concluímos estar este país perigosamente próximo do mais completo surrealismo e necessitado de um (ou mais) choques, políticos e sociais. Ele, como animal terno e fofo, defende choques terapêuticos. Eu, como catastrofista militante, lamento a falta de um Moisés que regue com pragas exóticas esta maltosa e arrase com boa parte dos indígenas, preferencialmente aqueles que me não caem no goto. Mas não sou esquisito.
Nem de propósito, à noite, passei por um belogue (lamento, não me recordo de qual), onde se falava dessa coisa obscura que é a causa monárquica, e fez-se luz no meu espírito. O que este país precisa é de um rei!
Uma monarquia constitucional, além de corresponder ao modelo tão do agrado do português de Lineu do “baralha e volta a dar”, traria à ribalta uma figura decorativa que, espera-se, seria aglutinadora e catalizadora dum verdadeiro espírito português, capaz de relançar um desígnio nacional que mobilizasse os cidadãos e nos colocasse, meteoricamente, na vanguarda económica e social da Europa, do Mundo e Planetas Adjacentes.
É claro que seria necessário designar um rei, e aqui o problema agudiza-se. Uma vez que seria respeitado o princípio da separação de poderes, não haveria qualquer exigência técnica, administrativa, legalista, etc., da parte do futuro monarca. Teria, outrossim, que ser uma figura de prestígio, consensual, respeitada, ponderada, com provas dadas na elevação do nome de Portugal e com grande sentido de Estado. Por este estreito crivo, no meu modesto entender, só passa um nome, e aqui deixo a minha preferência:
Viva el-Rei Eusébio I, o Moçambicano!
Mas, como o porco é uma democracia ponderada, estou aberto a sugestões. Proponha o seu candidato a rei para o meu mail e publicarei aqui os resultados. Garanto total isenção na manipulação dos votos recebidos.
Arrotos do Porco: