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Vareta Funda

O blog dos orizicultores do Concelho de Manteigas


sexta-feira, outubro 03, 2003

Um Novo Mundo - III

É um bocadinho irreprimível o sorriso desdenhoso que os ocidentais esboçam quando se fala do Japão. Entre visões de gueixas vestidas com floridos kimonos em casas de papel-de-arroz, tomando chá em mesas baixas, usando delicados chinelos e dormindo sobre almofadas de madeira, imagens de famílias felizes macaqueando a América próspera do pós-guerra e tenebrosos mafiosi que cortam os dedos, ficamos sempre com a sensação de que o Japão é um país que vive fora do tempo. Como se ditar o tempo fosse um exclusivo do Ocidente, arrogância que nos advém, quiçá, do facto de ser na Europa que está o relógio atómico que marca a hora certa.

Outra particularidade que identificamos rapidamente com os japoneses é a de praticarem – tudo o indica – a máxima do better life through technology. A ubiquidade do made in Japan em tudo o que era electrónica, na minha geração, associou indissoluvelmente o Japão à criação da chamada “electrónica de consumo”. Quando pensamos em audio, video, cinema em casa, televisão, etc., são sobretudo marcas japonesas que nos ocorrem imediatamente, apesar da pujante produção alemã e holandesa nessa área.

Dito isto, é - no mínimo! – despropositado que se chegue a certos extremos, e funda-se seguramente em algo mais que a perspectiva oriental do mundo em 16:9, contra os habituais 4:3 ou 3:2 ocidentais, o processo mental que levou à criação da solução tecnológica apresentada nesta página. Haverá limites para tudo? Creio (sinceramente) que, depois disto, não.

Além de tudo o resto, é um mito que cai, ferido de morte: o do japonês trabalhador obsessivo-compulsivo. Tudo mentira. Os japoneses são o povo mais preguiçoso do mundo.

Arrotos do Porco:


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