segunda-feira, setembro 29, 2003 |
Some guys have all the luck
O Robert Palmer morreu. Aos 54 anos, com um ataque cardíaco, em Paris. Foi um dos reis da "soul" branca (eu sei que a definição é discutível, mas quero que se foda) e daquele rock orelhudo dos anos 80. Andava sempre cercado de gajas boas e ganhava dinheiro a cantar coisas de uma profundidade extraordinária: "Doctor, Doctor, give me the news/I've got a bad case of loving you"; "Might as well face it/You're addicted to love"; "You're simply irresistible".
E morreu. Pronto. Não tive oportunidade de falar com ele antes do último suspiro, mas suspeito que não se deve ter arrependido da vida excessiva e debochada que, consta, viveu. Com ele, morre também um certo modelo de "estrela" rock: tinha sucesso porque tinha; foi um dos pioneiros nessa nobre arte de fazer videoclips com muitas gajas muito boas; não passava horas em ginásios e cantava o que lhe apetecia com uma voz que era dele e não uma milagre das técnicas de edição digital.
Robert Palmer pode não ter sido um dos gajos que têm a sorte toda. Mas, parece-me, morreu como viveu: addicted to love e algumas outras coisas...
O Robert Palmer morreu. Aos 54 anos, com um ataque cardíaco, em Paris. Foi um dos reis da "soul" branca (eu sei que a definição é discutível, mas quero que se foda) e daquele rock orelhudo dos anos 80. Andava sempre cercado de gajas boas e ganhava dinheiro a cantar coisas de uma profundidade extraordinária: "Doctor, Doctor, give me the news/I've got a bad case of loving you"; "Might as well face it/You're addicted to love"; "You're simply irresistible".
E morreu. Pronto. Não tive oportunidade de falar com ele antes do último suspiro, mas suspeito que não se deve ter arrependido da vida excessiva e debochada que, consta, viveu. Com ele, morre também um certo modelo de "estrela" rock: tinha sucesso porque tinha; foi um dos pioneiros nessa nobre arte de fazer videoclips com muitas gajas muito boas; não passava horas em ginásios e cantava o que lhe apetecia com uma voz que era dele e não uma milagre das técnicas de edição digital.
Robert Palmer pode não ter sido um dos gajos que têm a sorte toda. Mas, parece-me, morreu como viveu: addicted to love e algumas outras coisas...
Arrotos do Porco: