terça-feira, setembro 23, 2003 |
OUTONO
Já chegou. Vai-se insinuando, como uma gaja que se oferece para nos passar a roupa a ferro e acaba a viver connosco. Vai roubando umas horas ao sol, vai despindo umas árvores, vai atirando umas crianças para a escola. E assim como espalha pelo chão as folhas mortas, aniquila as ilusões e os fogos-fátuos dos amores de Verão.
O Outono, e não a Primavera, é um hino à necessidade de recomeço. É também um poderoso murro nas ventas, que nos ensina que muito pouco está garantido. Sinto-me a entardecer e a ganhar idade de cada vez que dou por um Outono que chega - e sinto-me sempre feliz com isso.
Já chegou. Vai-se insinuando, como uma gaja que se oferece para nos passar a roupa a ferro e acaba a viver connosco. Vai roubando umas horas ao sol, vai despindo umas árvores, vai atirando umas crianças para a escola. E assim como espalha pelo chão as folhas mortas, aniquila as ilusões e os fogos-fátuos dos amores de Verão.
O Outono, e não a Primavera, é um hino à necessidade de recomeço. É também um poderoso murro nas ventas, que nos ensina que muito pouco está garantido. Sinto-me a entardecer e a ganhar idade de cada vez que dou por um Outono que chega - e sinto-me sempre feliz com isso.
Arrotos do Porco: