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Vareta Funda

O blog dos orizicultores do Concelho de Manteigas


quarta-feira, setembro 29, 2004

Alambridatia, 11

- Não foi nada disso que eu disse!
- Mas pensaste.
- AH! Agora és telepata?
- Não preciso. Conheço-te bem demais.
- Julgas, realmente, ser possível conhecer alguém assim tão bem?
- Esquece os conceitos. Não se trata do que eu julgo ser possível ou não, é uma constatação de um facto. Tu és transparente para mim.
- Transparente? Achas que toda a minha densidade é visível do exterior?
- Só falo por mim. Eu já te conheço há muito tempo. O teu corpo, a tua cara, as tuas mãos, a maneira como respiras, são coisas que me falam tão claramente como as tuas palavras. Mais claramente, até, porque me dizem aquilo que tu queres esconder.
- Presumes, então, que eu não controlo o meu corpo. Que eu não uso à tua frente a pose que todos – tu, inclusive - ensaiamos até à exaustão e que corresponde à imagem que queremos projectar de nós próprios.
- Não se trata disso. Tu és tão composta quanto outro qualquer, mas eu aprendi a ler os sinais ténues que deixas cair de vez em quando. Um ligeiro arquear de sobrolho, uma súbita frieza na voz, um pé impaciente… coisas dessas.
- E quem te disse que mesmo essas coisas não fazem parte da minha pose? Que não são mensagens que te estou a fazer chegar, sabendo que tu vais prestar-lhes mais atenção que às minhas próprias palavras?
- Ora, deixa-te disso. Não és assim tão tortuosa.
- Pois claro! Eu, no fundo, sou uma alma simples, quase imbecil.
- Não foi nada disso que eu disse!
- Mas pensaste…

Arrotos do Porco:

AH! Agora és telepata? :o)


Exm.º Senhor Pedregulho, pá, caralho, pá. Agora andas numa de neo-realista?

Boa posta.



Temos linguagens diferentes, cá para mim é essa diferença conturbada que nos atrai - Homens e Mulheres.


É isso, Saltita. Para além de sermos diferentes, não somos iguais todos os dias - e isto serve para ambos.
Ser Humano é muito difícil.



Meus caros, vocês embaraçam-me. Só quero acrescentar uma coisita, para a Saltos e para a D. Antónia: só identifiquei os géneros de cada um dos interlocutores por manifesta falta de arte. A intenção era que o diálogo sugerisse a circularidade na troca de argumentos e a ireelevância do género nessa troca - que é a minha leitura destas coisas...


Cabeça lascada, já percebeste que sou eu lá no outro lado? Ó moderador!


Cabeça lascada, já percebeste que sou eu lá no outro lado? Ó moderador!


Por acaso também acho irrelevante o género dos dialogantes. Acho também que tinha entendido o teu propósto, Menir Calém.




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